Libertação de Christian Brückner, principal suspeito no caso Maddie McCann

Christian Brückner, o principal suspeito do desaparecimento de Madeleine McCann, foi libertado após cumprir uma pena de prisão por violação, mas a investigação ao seu alegado envolvimento no caso prossegue sob apertadas medidas de vigilância.

Christian Brückner, o principal suspeito no caso do desaparecimento de Madeleine McCann, foi libertado esta semana após cumprir uma pena de sete anos de prisão na Alemanha. A condenação dizia respeito à violação de uma mulher norte-americana de 72 anos no Algarve, em 2005. A sua libertação esteve em risco de ser adiada por 56 dias devido a uma multa não paga de 1.446 euros, referente a crimes de condução sob o efeito do álcool, uso de matrícula falsa e agressão a uma ex-namorada, mas uma doação anónima saldou a dívida. Apesar de estar em liberdade, Brückner ficará sujeito a rigorosas medidas de vigilância. As autoridades alemãs, respondendo a um pedido do Ministério Público, impuseram o uso de pulseira eletrónica, a obrigação de ter residência fixa e a proibição de sair da Alemanha sem autorização. Esta decisão baseia-se numa avaliação psiquiátrica que concluiu que existe um elevado risco de reincidência em crimes sexuais, uma vez que o arguido não recebeu qualquer tratamento terapêutico durante o período de reclusão.

A libertação não encerra a investigação ao “caso Maddie”.

As polícias do Reino Unido, Alemanha e Portugal confirmam que Brückner, de 49 anos, se mantém como o principal suspeito, embora não existam provas suficientes para deduzir uma acusação formal pelo sequestro e presumível homicídio da criança britânica, desaparecida da Praia da Luz em maio de 2007. Recentemente, Brückner recusou ser interrogado pela Polícia Metropolitana de Londres, que tinha emitido uma carta rogatória internacional para o efeito.

As autoridades continuam a procurar provas.

Em junho, buscas solicitadas pela Alemanha foram realizadas na zona da Atalaia, em Lagos, mas não produziram resultados conclusivos.

O procurador alemão admitiu a fragilidade das provas existentes.

No entanto, as suspeitas foram reforçadas pelo testemunho de um ex-conhecido, Helge Busching, que afirmou em entrevista ter “cem por cento de certeza” da culpa de Brückner.

Brückner sempre negou qualquer envolvimento no caso.

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