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Acordo Tarifário entre UE e EUA

A União Europeia avança com propostas para eliminar tarifas sobre produtos industriais norte-americanos, numa tentativa de assegurar a redução das taxas impostas por Washington sobre os automóveis europeus e evitar uma guerra comercial.
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No centro das negociações comerciais transatlânticas, a Comissão Europeia apresentou propostas para implementar um acordo com os Estados Unidos que visa mitigar as tensões tarifárias.

A principal medida consiste na remoção de tarifas sobre bens industriais importados dos EUA, esperando em contrapartida que Washington cumpra a sua parte do acordo e reduza as taxas sobre os automóveis europeus de 27,5% para 15%, com efeitos retroativos a 1 de agosto.

O setor automóvel, severamente penalizado pelas tarifas em vigor desde abril, aguarda com expectativa a concretização desta medida.

A associação da indústria automóvel da Alemanha (VDA), pela voz da sua presidente Hildegard Müller, urgiu a uma implementação rápida para aliviar as "perdas consideráveis" das empresas.

Bruxelas estima que a redução tarifária poderá gerar uma poupança superior a 500 milhões de euros para os construtores europeus, contribuindo para restaurar a estabilidade e a previsibilidade nas relações comerciais.

Apesar de ser visto como um passo para evitar a imposição de tarifas ainda mais elevadas (30%) por parte da administração de Donald Trump, o acordo é descrito como "assimétrico".

A UE compromete-se a eliminar tarifas, a aumentar a compra de produtos energéticos e armamento dos EUA e a realizar avultados investimentos.

Em contraste, as tarifas norte-americanas sobre produtos europeus permanecem, na sua maioria, inalteradas.

A visão crítica do presidente Trump sobre a relação comercial com a UE, que acusa de prejudicar os EUA e aponta para o défice comercial de 235 mil milhões de dólares em 2024, enquadra a complexidade das negociações.

A proposta legislativa da Comissão Europeia necessita ainda da aprovação da maioria dos Estados-Membros e do Parlamento Europeu.

O acordo abrange também concessões em produtos agrícolas e isenções para bens como aeronaves e medicamentos genéricos, mas mantém tarifas elevadas, na ordem dos 50%, sobre o aço e o alumínio.

Questões como os serviços digitais permanecem fora do âmbito deste acordo, constituindo um ponto de tensão separado entre os dois blocos.

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