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Tarifas: AICEP recomenda às empresas que diversifiquem destinos das exportações

Num cenário de incerteza global e tensões comerciais, a economia portuguesa procura reforçar a sua presença internacional, com as empresas a serem desafiadas a diversificar mercados e a explorar novas oportunidades de crescimento.
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Um estudo recente da Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP) destaca a resiliência das exportações portuguesas, que cresceram 3,7% nos primeiros cinco meses de 2025, um desempenho superior à média da UE27. A análise, intitulada “A Economia Portuguesa em Contexto de Incerteza Mundial”, foi desenvolvida para apoiar as empresas a navegar num ambiente marcado por tensões geopolíticas e pelo aumento de tarifas alfandegárias, nomeadamente por parte dos Estados Unidos, que se mantêm como o quarto principal destino das exportações nacionais. A principal recomendação da AICEP é a diversificação de mercados e a consolidação da integração em cadeias de valor regionais. Esta estratégia é considerada “essencial” para mitigar os riscos de uma dependência excessiva de mercados específicos e para atingir a meta de as exportações representarem 55% do PIB até 2029.

Embora a concentração geográfica na União Europeia ajude a atenuar parte do impacto das tarifas norte-americanas, setores como o automóvel e a maquinaria enfrentam desafios consideráveis devido ao protecionismo.

Em contrapartida, o setor farmacêutico é identificado como uma área com “oportunidades estratégicas”.

Neste contexto de procura por novos mercados, a Confederação Empresarial de Portugal (CIP) apelou à rápida ratificação do Acordo de Parceria UE–Mercosul. A CIP sublinha que o acordo criará a maior zona de comércio livre do mundo, com mais de 700 milhões de consumidores, e será particularmente relevante para as Pequenas e Médias Empresas (PME) portuguesas. A redução de tarifas em setores como o automóvel (35%) e maquinaria (14%-20%) poderá gerar novas oportunidades de exportação e potenciar o crescimento económico.

O dinamismo da internacionalização portuguesa é também visível no setor dos serviços.

A startup Oscar, que opera uma aplicação de serviços domésticos, é um exemplo de expansão, prevendo faturar 60 milhões de euros em 2025 e planeando a entrada em novos mercados como a Polónia, Croácia, República Checa e, futuramente, os Estados Unidos.

Após garantir rondas de financiamento significativas, a empresa já se expandiu para Londres e continua a recrutar para sustentar o seu crescimento internacional.

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