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Economia Sábado, Agosto 23

Tarifas: Empresas vinícolas europeias desapontadas com acordo UE/EUA, mas mantêm esperança

As empresas vinícolas europeias manifestaram a sua deceção com o novo acordo comercial entre a União Europeia e os Estados Unidos, que impõe uma tarifa de 15% sobre o vinho, mas mantêm a esperança de uma futura isenção.
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O Comité Europeu das Empresas Vinícolas (CEEV) expressou a sua “profunda deceção” com o recente acordo comercial entre a União Europeia (UE) e os Estados Unidos.

A principal razão do descontentamento é a exclusão do vinho da lista de setores isentos da nova tarifa máxima geral de 15%, uma omissão considerada preocupante dado o estatuto do vinho como um dos principais produtos de exportação europeus e a sua contribuição para a economia americana. O CEEV sublinha a urgência de eliminar esta tarifa, que entrou em vigor no início do mês, para proteger um setor que consideram gerador de prosperidade. Os Estados Unidos representam o principal mercado para os vinhos europeus, com exportações que ultrapassaram os 4.880 milhões de euros em 2024. A organização alerta que a tarifa está a prejudicar o setor, com previsões de uma redução imediata de até 10% nos volumes de exportação, o que poderá levar à suspensão de investimentos e a danos a longo prazo na quota de mercado e nas relações comerciais.

As empresas vinícolas europeias argumentam que a situação também será prejudicial para a economia norte-americana.

Segundo o CEEV, por cada dólar gerado pelas exportações de vinho europeu para os EUA, os setores de distribuição e hotelaria americanos geram 4,50 dólares. Neste contexto, o comité insiste que o vinho seja incluído nas próximas negociações entre as autoridades da UE e dos EUA, mantendo a esperança de que os seus produtos venham a beneficiar de um regime especial, com a aplicação de tarifas de “nação mais favorecida” (NMF). Apesar da tarifa, a Comissão Europeia manifestou a intenção de procurar uma redução para esta categoria de produtos em futuras conversações.

O comissário europeu para o Comércio, Maros Sefcovic, admitiu que a isenção do vinho era um dos principais objetivos da UE, mas que “ainda” não foi possível alcançá-la.

Sefcovic garantiu, no entanto, que as equipas negociadoras de ambas as partes se comprometeram a continuar a explorar setores onde as tarifas possam ser reduzidas no futuro.

A ViniPortugal partilhou do descontentamento, pedindo a reversão da taxa.

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