
Governo promete acelerar apoio às empresas sem esquecer fiscalização



O Secretário de Estado da Economia, João Rui Ferreira, expressou otimismo em relação à indústria portuguesa de calçado durante a feira MICAM em Milão, onde Portugal está representado por 42 empresas.
O governante acredita que os atuais desafios económicos e geopolíticos podem traduzir-se numa vantagem competitiva para o país, impulsionada pelo recente acordo aduaneiro entre a União Europeia (UE) e os Estados Unidos, que prevê tarifas de 15% sobre produtos europeus.
Segundo o Governo, este acordo pode aumentar a competitividade das empresas portuguesas, que beneficiarão de uma tarifa inferior à de outros mercados, sendo uma oportunidade para reforçar o investimento no mercado norte-americano. Apesar do otimismo, o executivo reconhece as dificuldades do setor, como o recente encerramento da fábrica IFF II em Oliveira de Azeméis, que resultou no desemprego de 80 pessoas. No entanto, o Secretário de Estado classificou estes encerramentos como "casos pontuais" num universo de aproximadamente 1.500 empresas, sublinhando que a presença governamental em feiras internacionais serve para auscultar as preocupações do setor. O otimismo do Governo baseia-se em fatores como os centros tecnológicos de transformação sustentável, a utilização de materiais renováveis, a reutilização de calçado em fim de vida e a forte aposta no 'design' e na qualidade.
João Rui Ferreira destacou que a própria feira MICAM, que celebra a sua 100ª edição com mais de 1.000 marcas, demonstra interesse na presença das empresas portuguesas.
Os dados da APICCAPS (Associação Portuguesa dos Industriais de Calçado) sustentam esta perspetiva positiva. No primeiro semestre de 2025, as exportações de calçado cresceram 3,7% em valor, atingindo 843 milhões de euros, e 5,4% em volume, com 36 milhões de pares exportados. Em 2024, as exportações do setor totalizaram 2.147 milhões de euros, com o calçado português a ser vendido em mais de 170 países. O Plano Estratégico do Cluster prevê um investimento de 600 milhões de euros até 2030 para continuar a impulsionar o setor.
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