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Economia Sexta-feira, Agosto 8

Tarifas: Governo recebeu 30 associações empresariais que representam 90% das exportações para os EUA

O Governo português avança com um plano para fortalecer as empresas exportadoras face aos desafios das tarifas internacionais, combinando apoios financeiros com uma reestruturação profunda do sistema de seguros de crédito à exportação, que passará a ser dinamizado pelo Banco de Fomento.
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O Ministro da Economia e da Coesão Territorial, Castro Almeida, reuniu-se com cerca de 30 associações setoriais, que representam mais de 90% das exportações portuguesas para os Estados Unidos, para discutir o impacto das tarifas aduaneiras norte-americanas e as medidas de apoio do Governo. Durante os encontros, que contaram também com a presença dos presidentes do IAPMEI, da AICEP e do Banco Português de Fomento (BPF), os representantes empresariais validaram as iniciativas do Executivo para reforçar a internacionalização e capitalização das empresas e mitigar os efeitos das taxas. O Governo planeia ainda auscultar as confederações empresariais e os setores agroalimentar e vitivinícola.Para apoiar as empresas, o Governo destacou a execução de várias medidas, incluindo o programa “REFORÇAR | Competitividade, Exportação e Internacionalização”.

No âmbito das linhas BPF Investeu, foram recebidas 14 mil candidaturas, totalizando 3,2 mil milhões de euros, dos quais 1,6 mil milhões já foram pagos. A linha BPF Invest Export PT, dedicada a PME exportadoras, registou 2.600 candidaturas no valor de 1,3 mil milhões de euros, com 600 milhões já aprovados. Foi também lançada uma linha de subvenções não reembolsáveis no quadro do PT2030.O passo seguinte do Governo é o reforço dos seguros de crédito à exportação, considerado um pilar para a segurança das empresas nos mercados internacionais. A estratégia passa por uma reestruturação do modelo atual, que o presidente do BPF, Gonçalo Regalado, considera uma “fragilidade” por depender de uma única entidade privada e estrangeira, a Cosec, que detém o monopólio dos seguros com garantia de Estado desde 1969.A partir de janeiro do próximo ano, o BPF iniciará a transição para se tornar a agência de crédito à exportação de Portugal, processo que culminará em 2026. O banco não emitirá seguros diretamente, mas concederá garantias estatais a uma rede alargada de seguradoras.

O objetivo é credenciar entre seis a dez companhias para distribuir seguros de crédito, replicando o modelo já aplicado ao crédito bancário, onde o BPF define o risco e os parceiros comerciais fazem a distribuição.

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