Pedido Inédito do Tribunal Constitucional ao Parlamento Gera Incerteza sobre Orçamento de Estado



Um pedido inédito e urgente do Presidente do Tribunal Constitucional (TC) para ser ouvido na Assembleia da República está a marcar a discussão em torno do Orçamento do Estado para 2026 (OE2026).
A solicitação, cuja razão não foi divulgada, apanhou de surpresa os quadrantes políticos, que aguardam esclarecimentos sobre as motivações por detrás desta iniciativa sem precedentes.
O desconhecimento sobre o tema da audiência é transversal.
O ministro Miranda Sarmento declarou publicamente não ter sido contactado pelo presidente do TC, assumindo não conhecer as "preocupações" específicas que levaram à formalização do pedido.
Esta ausência de comunicação prévia acentua o mistério em torno da situação.
A reação política não se fez esperar, com o deputado Eduardo Teixeira, do Chega, a considerar o pedido "preocupante" e a sublinhar o seu caráter "inédito", uma perceção partilhada por outros parlamentares.
Apesar da urgência invocada, a audiência só deverá ser agendada para a próxima semana, prolongando a incerteza.
Nos corredores do parlamento, a especulação sobre o motivo do pedido já começou, sendo que uma das hipóteses admitidas pelos deputados é a de que o tema central possa ser a autonomia orçamental do próprio Tribunal Constitucional. Caso se confirme, esta seria uma intervenção direta e rara do presidente de um órgão de soberania na discussão orçamental para defender as suas prerrogativas financeiras e de gestão. Um dos artigos menciona também a preocupação do Tribunal de Contas sobre o endividamento nos Açores, mas este é um assunto distinto do pedido do TC.
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