Tempos de espera nas urgências do SNS atingem níveis críticos com doentes a aguardar até 20 horas



A nível nacional, os doentes classificados com pulseira amarela (urgente) enfrentaram uma espera média de quase três horas para a primeira observação médica nos hospitais do SNS este domingo. Contudo, a situação foi consideravelmente mais grave na região de Lisboa e Vale do Tejo (LVT), onde o tempo médio de espera para estes doentes ascendeu a quatro horas e meia. A pressão nesta região era evidente, concentrando, a dado momento da manhã, 150 dos 368 utentes que aguardavam em todo o país, o que representa mais de 40% do total.
O caso mais extremo foi o do Hospital Professor Doutor Fernando da Fonseca (Amadora-Sintra).
Durante a manhã, foram reportados tempos de espera que chegaram a atingir as 18 e 20 horas para doentes urgentes. Pelas 12h00, o portal do SNS indicava um tempo de espera de 12 horas e 36 minutos para 20 doentes com pulseira amarela. Na mesma altura, 70 doentes classificados como pouco urgentes (pulseira verde) enfrentavam uma espera de mais de 20 horas.
Outras unidades hospitalares na capital também registaram longas demoras.
No Hospital de Santa Maria, pelas 09h15, os doentes urgentes aguardavam em média mais de oito horas e 44 minutos, enquanto os casos muito urgentes (pulseira laranja) esperavam duas horas e um quarto. Estes valores contrastam drasticamente com os tempos recomendados pelo sistema de triagem, que estipula um atendimento em 60 minutos para casos urgentes e em 10 minutos para os muito urgentes.
Este cenário de pressão sobre as urgências, recorrente nesta altura do ano, é agravado por surtos de doenças respiratórias. Perante esta situação, as autoridades de saúde apelam à população para que contacte a Linha SNS24 (808 24 24 24) para obter orientação antes de se deslocar a uma urgência hospitalar.




















