
Obrigatoriedade de Testes Genéticos para Atletas Femininas



A World Athletics e a World Boxing implementaram novas regras que tornam obrigatória a realização de testes genéticos para atletas que se identificam como mulheres poderem participar em competições mundiais. A justificação apresentada é a proteção da integridade das competições femininas, garantindo que todas as participantes competem em igualdade de circunstâncias.
Em Portugal, a federação de atletismo já realizou testes a 17 atletas para cumprir as diretivas internacionais, conforme confirmado pelo seu vice-presidente, Rui Azevedo Ferreira. Os testes em causa, realizados através de amostras de sangue ou bucais, visam detetar a presença do gene SRY, localizado no cromossoma Y, que determina a produção de testosterona e o desenvolvimento de características masculinas.
Um resultado negativo ao cromossoma Y permite a participação na categoria feminina.
A medida destina-se a despistar atletas nascidas como mulheres mas que possuem variações genéticas ou reprodutivas com características masculinas, consideradas uma vantagem física.
A polémica em torno das características genéticas no desporto feminino não é nova.
O caso da atleta sul-africana Caster Semenya, em 2009, que venceu a prova de 800 metros nos mundiais, deu início a um longo debate e a uma batalha legal que resultou em regras mais restritas no atletismo.
Atualmente, a modalidade proíbe a participação de mulheres transgénero que tenham passado pela puberdade masculina e de mulheres com níveis naturalmente elevados de testosterona. No boxe, a controvérsia intensificou-se após os Jogos Olímpicos de Paris, onde as medalhas conquistadas por Imane Khelif, da Argélia, e Lin Yu-ting, de Taiwan, geraram forte escrutínio público sobre o seu género. Consequentemente, a World Boxing tornou os testes de género obrigatórios.
Imane Khelif recusou-se a submeter-se ao teste e foi banida dos campeonatos do mundo, levando o caso ao Tribunal Arbitral do Desporto (TAD).
O tribunal não suspendeu a decisão, mantendo a sua exclusão da competição.
A imposição destes testes não é consensual, gerando debate tanto no mundo desportivo como na comunidade científica.
O Comité Olímpico Internacional (COI), através da sua nova presidente, Kirsty Coventry, definiu a questão dos critérios de elegibilidade no desporto feminino como uma prioridade, anunciando a criação de um grupo de especialistas para estudar o assunto.
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