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Escalada Nuclear: Anúncio de Trump sobre Testes Atómicos Gera Tensão e Exigência de 'Explicações' por Parte da Rússia

O anúncio do Presidente norte-americano, Donald Trump, sobre a retoma de testes de armas nucleares gerou uma reação imediata da Rússia, que lamenta a falta de informações e exige explicações por vias diplomáticas.
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O governo russo, através do seu ministro dos Negócios Estrangeiros, Sergei Lavrov, expressou o seu descontentamento por ainda não ter recebido quaisquer explicações formais por parte dos Estados Unidos sobre o anúncio da retoma de testes de armas nucleares. "Ainda não recebemos nenhuma explicação por vias diplomáticas sobre o que quis dizer Donald Trump", afirmou Lavrov, citado pela agência EuropaPress, evidenciando a incerteza de Moscovo perante a declaração norte-americana.

A diretiva para a retoma dos testes foi emitida pelo Presidente Donald Trump ao Departamento de Defesa no final do mês de outubro, antes de um encontro com o seu homólogo chinês, Xi Jinping, na Coreia do Sul.

O anúncio, que fez referência direta à Rússia e à China, foi divulgado por Trump na sua própria rede social, a Truth Social.

"Devido aos programas de testes realizados por outros países, solicitei ao Departamento de Guerra que comece a testar as nossas armas nucleares em pé de igualdade.

Este processo terá início imediato", declarou o Presidente.

A justificação para esta medida, segundo Washington, surge na sequência de um teste realizado pela Rússia com um drone submarino com capacidade nuclear.

Posteriormente, a 31 de outubro, a bordo do avião presidencial Air Force One, Trump reiterou a sua posição aos jornalistas, afirmando que os Estados Unidos realizarão testes nucleares se outros países também o fizerem.

Contudo, o chefe de Estado norte-americano não especificou que tipo de testes poderão vir a ser realizados, deixando a natureza e a escala das operações em aberto.

Este desenvolvimento ocorre num clima de tensão internacional, exacerbado pelo conflito na Ucrânia, onde a Rússia é mencionada como procurando atemorizar a Europa com a utilização de armas nucleares táticas.

A falta de comunicação diplomática sobre uma matéria de tamanha sensibilidade agrava as preocupações sobre uma nova corrida ao armamento e a estabilidade global.

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