ByteDance vende controlo da operação do TikTok nos EUA para evitar proibição



Após um longo período de incerteza e disputas legais, a ByteDance, empresa chinesa detentora do TikTok, cedeu à pressão do governo norte-americano e acordou a venda de uma parte maioritária da sua operação nos Estados Unidos. Esta decisão tem como objetivo evitar o banimento da popular aplicação de vídeos curtos no país, cumprindo as exigências de uma lei aprovada pelo Congresso em 2024 por razões de segurança nacional.
O acordo prevê a criação de uma nova 'joint-venture' que passará a gerir o TikTok nos EUA. O controlo maioritário será detido por um consórcio de investidores que inclui a gigante tecnológica Oracle, a empresa de private equity Silver Lake e o fundo de investimento estatal dos Emirados Árabes Unidos, MGX.
Juntas, estas três entidades deterão 45% das ações.
Cerca de 33% ficarão na posse de subsidiárias dos principais investidores da ByteDance, enquanto a própria ByteDance manterá uma participação minoritária de aproximadamente 18% a 19,9%. A transação deverá estar finalizada até 22 de janeiro de 2026, um dia antes do prazo limite estabelecido pelo Departamento de Justiça dos EUA.
A legislação norte-americana estipula que a nova empresa deve ser suficientemente independente da ByteDance, garantindo que esta não tenha acesso aos servidores que armazenam os dados dos utilizadores americanos.
A concretização do negócio foi possível após a administração do Presidente Donald Trump ter adiado a implementação da lei para permitir negociações, que envolveram reuniões entre Washington e Pequim.
O acordo-quadro representa o desfecho de um impasse que ameaçava a continuidade de uma das redes sociais mais utilizadas no mundo.






