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Tornado de Degolados: Prorrogadas candidaturas a apoios a explorações agrícolas afetadas

O Governo português está a implementar um conjunto de medidas de apoio à agricultura, que vão desde o auxílio financeiro a explorações afetadas por catástrofes naturais até estratégias para reverter a perceção negativa do setor e atrair jovens agricultores.
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O Governo português prorrogou até 15 de setembro o prazo de candidatura a um fundo de seis milhões de euros, destinado a apoiar a recuperação de explorações agrícolas afetadas por fenómenos climatéricos adversos.

Estes eventos, reconhecidos como equiparáveis a catástrofes naturais, incluem as depressões Garoé (janeiro) e Martinho (março), e o tornado de Campo Maior (maio).

A extensão do prazo, inicialmente fixado para 1 de setembro, deveu-se à identificação de mais freguesias afetadas nas regiões do Norte, Alentejo e Algarve, garantindo que todos os agricultores prejudicados tenham a oportunidade de submeter a sua candidatura.

Para serem elegíveis a este apoio, as explorações agrícolas devem comprovar danos superiores a 30% do seu potencial produtivo, com um investimento de recuperação associado entre cinco mil e 400 mil euros. O apoio governamental cobre 100% da despesa elegível até um montante de 10 mil euros.

Para valores superiores, a comparticipação varia: os beneficiários com seguros no âmbito do Sistema de Seguros Agrícolas recebem 80% da despesa, enquanto os que não possuem seguro recebem 50%.

Paralelamente a estas medidas de emergência, o Governo, através do Ministro da Agricultura e Mar, José Manuel Fernandes, delineou uma estratégia de longo prazo para revitalizar o setor.

O objetivo principal é promover a “renovação geracional”, revertendo o que o ministro classificou como um “ataque à agricultura absolutamente inaceitável” que, ao longo dos anos, desmotivou os jovens.

Como exemplo, referiu o baixo interesse no curso de agronomia da Escola Agrária de Santarém, que teve apenas nove inscritos para 58 vagas, atribuindo esta realidade a uma perceção negativa da profissão, por vezes reforçada em manuais escolares.

Para atrair novos talentos, o Governo planeia reforçar as escolas profissionais agrícolas, cuja gestão passará para as Comissões de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR) para uma abordagem mais próxima.

José Manuel Fernandes sublinhou que a agricultura tem futuro e que é essencial transmitir essa perceção.

A estratégia passa pela aposta na inovação para enfrentar desafios como as alterações climáticas e a falta de água, através de novas técnicas, culturas mais resistentes, agricultura de precisão, uso de drones e inteligência artificial.

O ministro destacou ainda o sucesso na redução do défice agroalimentar em 470 milhões de euros em 2024, face a 2023.

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