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Futuro da Trust in News e da revista Visão em discussão

O futuro do grupo de comunicação social Trust in News é decidido esta segunda-feira numa assembleia de credores, onde se debaterá a liquidação ou um plano de recuperação. Uma proposta dos jornalistas da revista Visão para a compra do título em separado surge como uma nova via para a sobrevivência da publicação.
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Os credores do grupo de comunicação social Trust in News (TiN), detentor de 16 títulos como a Visão, Exame e Caras, reúnem-se esta segunda-feira no Tribunal Judicial da Comarca de Lisboa Oeste, em Sintra. O objetivo do encontro é discutir e votar o futuro da empresa, que se encontra em processo de insolvência, existindo duas vias em cima da mesa: a liquidação do património, conforme o plano já apresentado, ou a aprovação de um plano de recuperação que permita a continuidade da atividade e o pagamento aos credores. No centro das discussões está uma proposta apresentada por um grupo de jornalistas da revista Visão. Estes trabalhadores, que são também credores privilegiados da TiN, propõem à assembleia a autorização para iniciar um processo de venda em separado da marca Visão, incluindo os seus títulos associados (Visão Júnior, Visão História, entre outros) e os respetivos domínios de internet. A iniciativa visa assegurar a continuidade do projeto editorial, salvaguardar postos de trabalho e manter a identidade da publicação, que ainda mantém uma tiragem média de cerca de 15 mil exemplares.

Na sua fundamentação, os jornalistas defendem que a Visão é um ativo estratégico com elevado valor cultural e económico.

Apresentam um estudo de viabilidade que indica que a revista, operando de forma independente do restante grupo, poderá ser economicamente sustentável. Argumentam ainda que a venda separada ao grupo de jornalistas que tem assegurado a sua publicação semanal, mesmo em condições difíceis e com salários em atraso, seria benéfica para a massa insolvente, pois garantiria liquidez imediata e evitaria a desvalorização do ativo numa venda forçada.

A proposta financeira estabelece um valor base de 40.000 euros, sujeito a uma avaliação independente, a ser pago através de negociação particular. As condições de pagamento incluem um sinal de 20% no ato da assinatura e o restante no prazo de 30 dias.

Caso a proposta seja aceite, os jornalistas planeiam constituir uma sociedade cooperativa ou por quotas.

Pedem ainda autorização para continuar a produzir a revista até à conclusão da venda, sob fiscalização do administrador de insolvência, utilizando as receitas da própria publicação para o efeito. O acionista único da TiN, Luís Delgado, recorreu anteriormente da decisão de não homologação de um plano de insolvência, recurso que foi admitido pelo tribunal.

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