Cultura em Pausa: Trabalhadores de Museus Exigem Remuneração Justa por Feriados



Os trabalhadores de portaria e vigilância dos 38 equipamentos geridos pela empresa pública Museus e Monumentos de Portugal (MMP) levaram a cabo uma série de greves ao longo do ano, culminando numa última paralisação no feriado final de 2025. Convocados pela Federação Nacional dos Sindicatos dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais (FNSTFPS), os protestos visam reivindicar uma "justa compensação" pelo trabalho prestado em dias feriados e contestar a "falta de respostas do Governo" às suas exigências. A principal queixa dos trabalhadores, que são cerca de mil, reside na remuneração que auferem ao trabalhar em dias feriados, um valor líquido que ronda os 18 ou 19 euros, considerado manifestamente insuficiente. Os funcionários sublinham que não se recusam a trabalhar nessas datas, mas exigem um pagamento justo. A paralisação, que decorre desde a Páscoa, em abril, sucedeu a outras greves que já tinham ocorrido por vários meses em 2024 pelo mesmo motivo, e os trabalhadores mostram-se determinados a continuar a luta em 2026 caso não seja apresentada uma proposta governamental que considerem justa.
O impacto destas greves tem sido significativo, resultando no encerramento de vários dos mais visitados monumentos e museus nacionais. Entre os locais afetados em diferentes dias de greve contam-se o Mosteiro dos Jerónimos, o Palácio Nacional de Mafra, a Fortaleza de Sagres, o Convento de Cristo, o Castelo de Guimarães, o Museu Nacional de Soares dos Reis e o Museu Nacional dos Coches.
A última greve do ano, que ocorreu a uma segunda-feira, teve um efeito mais limitado nos museus, dado que muitos encerram nesse dia, mas ainda assim causou constrangimentos no acesso a diversos palácios e monumentos.










