
Trabalhadores do Novobanco exigem prémio pela venda do banco



A Comissão Nacional de Trabalhadores (CNT) do Novobanco considera uma “tremenda injustiça” a exclusão dos colaboradores da atribuição de prémios extraordinários na sequência da venda da instituição. Num comunicado intitulado “Eles comem tudo, eles comem tudo e não deixa nada”, a CNT exige uma recompensa mínima equivalente a dois salários para cada um dos mais de 4.000 trabalhadores, argumentando que foi o empenho destes que permitiu a reestruturação e o sucesso da operação.
A reivindicação surge após a divulgação de que dirigentes da Lone Star, acionista maioritário, e gestores do Novobanco receberão bónus que ascendem a 1.100 milhões de euros pela venda ao grupo francês BPCE por 6,4 mil milhões de euros. Em resposta a um questionamento da CNT, o presidente executivo, Mark Bourke, e o presidente do Conselho Geral e de Supervisão, Byron Haynes, confirmaram que não haverá qualquer prémio para os trabalhadores, considerando suficientes os bónus atribuídos no ano anterior. A CNT contrapõe, salientando que os próprios administradores receberam melhorias salariais e bónus muito superiores.
Para pressionar a administração, a CNT anunciou que irá lançar um abaixo-assinado.
O valor total exigido, cerca de 25 milhões de euros, representa apenas 2,27% do montante dos bónus destinados aos gestores, valor que a comissão descreve como "uma migalha do grande bolo".
O Novobanco foi criado em 2014 a partir da resolução do BES e, em 2017, o fundo norte-americano Lone Star adquiriu 75% do capital.
A venda ao BPCE foi acordada em junho, numa operação que, segundo o Governo, permitiu ao Estado recuperar parte dos fundos públicos injetados na instituição.
A notícia dos bónus milionários gerou polémica, mas o Ministério das Finanças e o Fundo de Resolução não responderam a questões sobre um potencial conflito de interesses.
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