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Os trabalhadores dos transportes públicos municipais de seis concelhos realizaram uma greve nacional de 24 horas esta sexta-feira, convocada pelo Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Administração Local e Regional (STAL), com uma adesão esperada perto dos 100%. A paralisação abrangeu os concelhos do Barreiro, Bragança, Coimbra, Nazaré, Portalegre e Sintra e teve como objetivo alertar para a necessidade de valorização profissional e manutenção dos serviços públicos de transporte. A principal reivindicação é a reposição das carreiras profissionais, nomeadamente a de agente único e a de mecânico nas oficinas, que em 2008 foram integradas na carreira geral de assistente operacional.
Segundo os trabalhadores, esta alteração levou a uma estagnação salarial, com casos de funcionários que mantêm o mesmo salário há 20 anos.
Para além da questão das carreiras, exigem um aumento salarial de, no mínimo, 15% (num valor não inferior a 150 euros), o aumento do subsídio de refeição para 10,50 euros diários, a atribuição do Suplemento de Penosidade e Insalubridade, o respeito pelo gozo integral dos dias de férias e a melhoria geral das condições de trabalho. A greve foi agendada para a antevéspera das eleições autárquicas para pressionar autarcas e candidatos.
Em Coimbra, estava prevista uma marcha desde a sede dos Serviços Municipalizados dos Transportes Urbanos até à Câmara Municipal.
Em contraste com o cenário de paralisação, os Transportes Urbanos de Braga (TUB) anunciaram a atribuição de um seguro de saúde gratuito a todos os seus trabalhadores, independentemente do regime contratual. Esta medida, que cumpre um compromisso assumido pela administração no âmbito de um acordo negocial com o mesmo sindicato (STAL), é apresentada como um investimento no bem-estar das equipas e na valorização dos funcionários.
O contrato do seguro prevê ainda condições vantajosas para a inclusão de cônjuges e descendentes, embora os custos desta opção sejam suportados individualmente pelos trabalhadores.