A Rota Transatlântica da Cocaína: Detenções em Cabo Verde e Condenações no Porto



No Tribunal São João Novo, no Porto, quatro indivíduos foram condenados por envolvimento no tráfico de cocaína do Equador para Portugal. O grupo, composto por dois dominicanos, uma venezuelana e um português, utilizava o porto de Leixões para introduzir a droga no país, escondida em contentores de bananas. Os três cidadãos estrangeiros, membros de um cartel, receberam uma pena de cinco anos e oito meses de prisão, enquanto o cidadão português, contratado para facilitar o desalfandegamento da mercadoria, foi condenado a quatro anos e meio. Embora o crime de associação criminosa não tenha sido provado, a juíza sublinhou a necessidade de um combate firme a este tipo de crime. Paralelamente, uma operação marítima na Zona Económica Exclusiva (ZEE) de Cabo Verde resultou na detenção em flagrante delito de dois portugueses e um marroquino. Os três homens são suspeitos dos crimes de tráfico internacional de droga de alto risco, associação para o tráfico e lavagem de capitais. Foram intercetados a bordo de um veleiro que, segundo as investigações, era utilizado para transportar grandes quantidades de cocaína e outras drogas provenientes do Brasil com destino à Europa. Durante a intervenção, as autoridades apreenderam o veleiro, bem como 6.875 euros e 120.396 reais (equivalente a 19.588 euros) em dinheiro, telefones satélite, uma balança de precisão e equipamento de navegação. A operação foi conduzida pela Secção Central de Investigação de Tráfico de Estupefacientes e Criminalidade Organizada da Polícia Judiciária de Cabo Verde, com o apoio de entidades internacionais como o MAOC-N, sediado em Lisboa, a Guarda Civil espanhola e a Marinha da Mauritânia. Os detidos foram presentes ao Tribunal da Comarca da Praia, que lhes aplicou como medidas de coação a apresentação periódica e a interdição de saída do país.











