Futebolista equatoriano Mario Pineida e a mulher foram assassinados em Guayaquil

O futebol equatoriano está de luto após o assassinato do internacional Mario Pineida e da sua mulher. O crime chocou o país e expõe a crescente onda de violência que tem afetado o desporto nos últimos meses.

Mario Pineida, defesa de 33 anos do Barcelona de Guayaquil, e a sua mulher foram assassinados a tiro na tarde de quarta-feira, em Guayaquil.

O ataque foi perpetrado por dois suspeitos que se deslocavam numa mota, em frente a um talho.

A mãe do jogador também ficou gravemente ferida no tiroteio e foi hospitalizada. O casal morreu no local antes da chegada dos serviços de emergência, e o Ministério do Interior confirmou posteriormente a identidade do futebolista. O crime ocorreu horas depois de o presidente do Barcelona de Guayaquil, Antonio Álvarez, ter revelado publicamente que Pineida estava a receber ameaças de morte e que, por isso, tinha solicitado proteção policial.

Embora os motivos do ataque ainda não sejam conhecidos, esta revelação contextualiza a gravidade da situação que o jogador enfrentava.

O clube já emitiu uma nota de pesar oficial, manifestando a sua profunda tristeza e luto pela morte de um dos seus capitães. Este assassinato não é um caso isolado no futebol equatoriano, que tem sido abalado por uma série de mortes violentas nos últimos meses. Outros jogadores como Maicol Valencia, Leandro Yépez, Jonathan González e o jovem Miguel Nazareno, de 16 anos, também foram assassinados recentemente, o que evidencia um alarmante padrão de violência no país.

Com uma carreira maioritariamente desenvolvida no Equador, Mario Pineida era uma figura respeitada, tendo representado a seleção nacional por nove ocasiões, incluindo na Copa América de 2021.

O defesa, que podia atuar em ambos os lados do campo, teve ainda uma breve passagem pelo futebol brasileiro em 2022, onde representou o Fluminense e conquistou o título carioca.