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Três em cada cinco famílias na Europa temem o aumento das contas de eletricidade no inverno

A Comissão Europeia avança com um plano para criar 'autoestradas de energia' que visam combater o isolamento energético da Península Ibérica, numa altura em que um estudo revela a crescente preocupação das famílias europeias, especialmente as portuguesas, com o aumento das faturas da eletricidade.
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A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, anunciou uma nova iniciativa designada "Autoestradas da Energia", com o objetivo de aumentar a interconexão elétrica na União Europeia e resolver estrangulamentos críticos na infraestrutura.

Esta medida visa beneficiar diretamente Portugal e Espanha, que se encontram isolados energeticamente do resto do bloco, com uma conectividade inferior a 3%. O comissário europeu da Energia, Dan Jørgensen, confirmou que as ligações para a Península Ibérica são uma prioridade máxima, argumentando que uma maior interconexão é essencial para baixar os preços e aumentar a segurança do abastecimento. A urgência da situação foi sublinhada pelo apagão que afetou a Península Ibérica em abril, o qual demonstrou a vulnerabilidade da rede.

Após o incidente, os governos de Portugal e Espanha solicitaram um "compromisso político e financeiro firme" da Comissão Europeia.

O executivo comunitário partilha desta visão e prepara-se para apresentar um plano de ação no outono.

A meta da UE, apoiada pelo Governo português, é atingir um nível de interconexão de, pelo menos, 15% até 2030. O avanço do projeto tem sido dificultado ao longo dos anos pelo ceticismo de França, mas o comissário Jørgensen mostrou-se confiante de que o governo francês reconhecerá os benefícios de um mercado interno de energia mais integrado.

Paralelamente, a preocupação com os custos da energia é crescente entre os cidadãos.

Um estudo da Otovo, que inquiriu mais de 3800 pessoas em dez países europeus, revelou que três em cada cinco famílias temem o aumento das contas de eletricidade no inverno.

Em Portugal, esta preocupação é ainda mais acentuada, atingindo 89% dos inquiridos.

O estudo indica que os utilizadores de energia solar sentem-se mais preparados para gerir estes custos.

Para fazer face aos custos, as famílias portuguesas demonstram um interesse crescente em soluções estruturais, como a instalação de painéis solares (68% dos não clientes) e o armazenamento em bateria (52%).

A principal motivação para a adoção de energia solar é a segurança financeira e a independência energética, superando as preocupações ambientais.

No entanto, persistem dúvidas sobre a eficiência dos painéis solares durante o inverno, mesmo num país com mais de 300 dias de sol por ano como Portugal.

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