Violência na Fronteira: Ataque em Peshawar Sublinha Tensão Crescente entre Paquistão e Afeganistão



O ataque ocorreu às 08:10 locais na província de Khyber Pakhtunkhwa, na fronteira com o Afeganistão.
Segundo o chefe da polícia de Peshawar, Mian Saeed, três atacantes suicidas alvejaram o quartel-general, matando três membros das forças de segurança que guardavam a entrada e ferindo outros quatro.
Dois dos atacantes conseguiram entrar nas instalações antes de serem "rapidamente neutralizados".
As autoridades declararam que o ataque terminou e que uma operação de limpeza estava em curso.
Até ao momento, o ataque não foi reivindicado.
O primeiro-ministro paquistanês, Shehbaz Sharif, reagiu, afirmando que os autores "serão encontrados e punidos" e reiterou o objetivo de "erradicar o terrorismo".
Este incidente insere-se num contexto de ressurgimento de ataques contra as forças de segurança paquistanesas. O governo de Islamabade acusa o Afeganistão de abrigar grupos terroristas, como os talibãs paquistaneses, uma alegação que Cabul nega. Estas tensões de segurança levaram a uma deterioração das relações entre os dois países, culminando em confrontos graves em meados de outubro.
As relações bilaterais são marcadas por uma trégua frágil, com as negociações num impasse.
A violência tem vindo a escalar, tornando 2024 o ano mais mortífero no Paquistão em quase uma década, com mais de 1.600 mortes registadas.
Um ataque anterior, a 11 de novembro, em frente a um tribunal de Islamabade, causou 12 mortos e foi reivindicado por uma fação dos talibãs paquistaneses.











