
Trump aceita reunir-se com Putin mesmo sem Zelensky



O prazo imposto pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para que a Rússia aceite um acordo de cessar-fogo na Ucrânia termina esta sexta-feira, sob ameaça de novas sanções e de um agravamento das tarifas comerciais. Trump sublinhou que a decisão de evitar as sanções depende exclusivamente do presidente russo, Vladimir Putin.
Em paralelo com este ultimato, foi confirmado por Washington e Moscovo que está a ser preparada uma cimeira entre os dois líderes para a próxima semana.
Donald Trump aceitou reunir-se a sós com Vladimir Putin, mesmo que este não se encontre previamente com o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky.
O Kremlin declarou que a prioridade é a preparação de uma reunião bilateral produtiva, afastando, para já, a participação de Zelensky.
Como possível local para o encontro, Putin sugeriu os Emirados Árabes Unidos. A relação entre os dois líderes, antes descrita como amigável, deteriorou-se.
Trump manifestou recentemente "desilusão" e "exasperação" com a inflexibilidade de Putin, embora demonstre uma posição menos ingénua quanto às intenções do Kremlin.
A notícia do encontro bilateral gerou forte apreensão internacional.
A Europa está descrita como estando "em pânico" e Zelensky "profundamente preocupado".
A Associação dos Ucranianos em Portugal mostra-se cética, considerando a cimeira uma manobra de Moscovo.
Por sua vez, o secretário-geral da ONU, António Guterres, através de um porta-voz, apoiou cautelosamente qualquer esforço de paz que esteja em conformidade com o direito internacional.
Analistas como Manuel Poêjo Torres alertam que "Putin ganha a guerra" se os Estados Unidos aceitarem as condições russas.
Estas condições, que a Ucrânia rejeita, incluem o reconhecimento da soberania russa sobre a Crimeia e as quatro províncias ucranianas parcialmente ocupadas, bem como o abandono por parte de Kiev da sua ambição de aderir à NATO.
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