Donald Trump aumenta a pressão sobre a Venezuela e admite guerra enquanto Nicolás Maduro promete defender o país



O governo dos Estados Unidos intensificou a sua ofensiva contra o que o Secretário de Estado, Marco Rubio, descreveu como um “regime ilegítimo” na Venezuela. Rubio acusou o governo de Nicolás Maduro de cooperar abertamente com terroristas, incluindo o Irão e o Hezbollah, bem como com organizações de narcotráfico como dissidentes das FARC e o ELN, permitindo-lhes operar e controlar territórios para exportar cocaína para os EUA. Em resposta, a administração Trump tem vindo a aumentar a pressão através de sanções, tendo ordenado o bloqueio de todos os petroleiros sancionados que entram e saem da Venezuela e apreendido um navio carregado de crude.
As ações norte-americanas incluem um significativo destacamento militar nas Caraíbas e no Pacífico, com o objetivo declarado de combater o narcotráfico. Estas operações resultaram no bombardeamento de mais de duas dezenas de embarcações suspeitas, causando mais de 100 mortes.
O Presidente Donald Trump não descartou a possibilidade de uma guerra com a Venezuela, afirmando que uma futura ação “depende” dos venezuelanos. Embora a sua chefe de gabinete tenha admitido que uma intervenção terrestre necessitaria de aprovação do Congresso, Trump insistiu que não precisa de autorização para atacar alvos ligados ao narcotráfico em território venezuelano. Questionado sobre se o seu objetivo é depor Maduro, Trump recusou-se a confirmar, afirmando apenas que o líder venezuelano “sabe exatamente o que eu quero”.
Em resposta à crescente agressão, o Presidente Nicolás Maduro prometeu defender a Venezuela “com a própria vida”.
Reafirmando a sua lealdade ao seu antecessor, Hugo Chávez, Maduro declarou que o país não cederá perante as ameaças e o bloqueio naval imposto por Washington.
As suas declarações surgiram após novos ataques norte-americanos a embarcações no Oceano Pacífico.
A crise estende-se às relações diplomáticas na região.
Marco Rubio mencionou a cooperação em segurança com países como Panamá e Costa Rica, mas destacou a relação tensa com a Colômbia.
O secretário de Estado descreveu o presidente colombiano, Gustavo Petro, como um “indivíduo instável”, mas garantiu que a parceria estratégica entre os EUA e a Colômbia não será desfeita.
Anteriormente, Washington sancionou Petro e retirou a Colômbia da lista de países cooperantes no combate às drogas.




















