Donald Trump ordena bloqueio total a petroleiros sancionados na Venezuela



O Presidente norte-americano, Donald Trump, anunciou através da sua rede social, Truth Social, a imposição de um bloqueio "total e completo" a todos os petroleiros sancionados que operam na Venezuela.
A medida visa a principal fonte de receitas de Caracas, o petróleo. Trump acusou o regime do Presidente venezuelano, Nicolás Maduro, de utilizar os lucros do petróleo para financiar "o narcoterrorismo, o tráfico de pessoas, assassinatos e sequestros", designando o governo venezuelano como uma "organização terrorista estrangeira".
Numa escalada de retórica, Trump afirmou que "a Venezuela está completamente cercada pela maior armada já reunida na história da América do Sul" e exigiu que o país devolva "aos Estados Unidos da América todo o petróleo, terras e outros bens que nos roubaram anteriormente".
Este bloqueio representa uma intensificação de uma operação militar norte-americana que decorre desde agosto nas águas internacionais do mar das Caraíbas, alegadamente para combater o narcotráfico.
Os EUA reforçaram a sua presença militar na região, enviando o porta-aviões USS Gerald R. Ford, contratorpedeiros e milhares de soldados.
O Governo de Nicolás Maduro reagiu veementemente, classificando a ação como uma "ameaça temerária e grave" e um "bloqueio militar naval" irracional com o objetivo de "roubar as riquezas" do país.
Caracas considera que a decisão viola o direito internacional, o livre comércio e a livre navegação, e acusa Trump de ter como "verdadeira intenção" apropriar-se dos recursos naturais venezuelanos.
O embaixador da Venezuela junto da ONU foi instruído a denunciar a medida.
Em resposta, Maduro apelou aos trabalhadores da indústria petrolífera para organizarem "um grande protesto global" em defesa do livre comércio para a Venezuela.



















