
Trump anuncia que EUA vão cobrar tarifas de 100% sobre chips e semicondutores importados



O Presidente dos EUA, Donald Trump, anunciou a imposição de uma tarifa de 100% sobre a importação de chips e semicondutores, componentes essenciais para uma vasta gama de produtos tecnológicos.
A medida, apresentada como uma solução para atrair investimento industrial, isenta as empresas que se comprometam a produzir em solo americano, com Trump a garantir que quem não cumprir os compromissos será cobrado retroativamente. Esta política de sanções contrasta com a abordagem do seu antecessor, Joe Biden, que apostou em mais de 50 mil milhões de dólares em incentivos e créditos fiscais para o mesmo fim, uma estratégia à qual Trump se opôs. Apesar do risco de um aumento de preços para o consumidor, a administração insiste na medida para forçar os fabricantes a relocalizar a produção para os EUA. Em resposta direta à nova política, e para evitar as tarifas, a Apple anunciou um reforço do seu investimento nos EUA.
Numa reunião com Trump, o CEO Tim Cook comprometeu-se com um investimento adicional de 100 mil milhões de dólares, elevando o total para 600 mil milhões nos próximos quatro anos. Este investimento inclui a expansão de fábricas e instalações de formação em estados como Texas, Michigan e Kentucky, onde passará a ser fabricado o vidro para todos os novos iPhones e Apple Watches. A medida surge numa altura em que a Apple já vinha a diversificar a sua produção para fora da China, movendo-a para países como o Vietname, Tailândia e Índia.
A gigante taiwanesa de semicondutores, TSMC, também reagiu, afirmando que espera ficar isenta das tarifas devido ao seu investimento de 100 mil milhões de dólares na construção de fábricas nos EUA.
A notícia fez as ações da empresa atingir um novo máximo.
No entanto, um oficial taiwanês admitiu que outros fabricantes de chips do país serão afetados. A decisão da TSMC de investir massivamente nos EUA levanta preocupações em Taiwan sobre o enfraquecimento do seu "escudo de silício", a estratégia que dependia da concentração da produção de chips para garantir a sua segurança geopolítica.
Outras empresas, como a Sonos, já anunciaram que irão aumentar os preços dos seus produtos como consequência direta das tarifas.
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