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Divulgação dos Ficheiros Epstein: A Lei de Trump, as Manobras Políticas e as Repercussões

O Presidente norte-americano, Donald Trump, promulgou a lei que obriga à divulgação dos documentos relacionados com o escândalo de abusos sexuais de Jeffrey Epstein. A decisão, que surge após uma mudança de posição do próprio Trump, abre um prazo de 30 dias para a revelação, mas não garante que a totalidade dos ficheiros se torne pública.
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Donald Trump assinou a legislação, aprovada de forma esmagadora pelo Congresso norte-americano, que força o Departamento de Justiça a tornar públicos os arquivos da investigação sobre o falecido criminoso sexual Jeffrey Epstein.

A lei, que contou com 427 votos a favor e apenas um contra na Câmara dos Representantes e foi aprovada por unanimidade no Senado, estabelece um prazo de 30 dias para a divulgação dos documentos não confidenciais, incluindo registos sobre a sua parceira Ghislaine Maxwell e sobre a sua morte na prisão em 2019.

A promulgação representa uma reviravolta na posição de Trump, que durante meses se opôs à medida e descreveu o caso como uma "farsa" democrata, apesar das suas próprias ligações ao financeiro.

Pressionado pela sua base conservadora e por democratas, Trump mudou de opinião e aproveitou a ocasião para atacar os seus opositores, acusando-os de esconder a verdade. Ordenou ainda à secretária da Justiça, Pam Bondi, a abertura de uma investigação sobre a relação de Epstein com personalidades democratas, como Bill Clinton.

Apesar da lei, a extensão das revelações permanece incerta.

A legislação permite que o Departamento de Justiça retenha ou censure documentos para proteger a privacidade das vítimas ou devido a investigações federais em curso.

Esta exceção levantou preocupações, nomeadamente por parte do congressista republicano Thomas Massie, um dos autores da lei, que teme que as novas investigações ordenadas por Trump sejam uma "cortina de fumo" para impedir a publicação total dos ficheiros.

Pam Bondi garantiu, no entanto, que os seus serviços respeitarão a lei com "a máxima transparência".

O escândalo continua a ter repercussões significativas, como demonstra o caso de Larry Summers, ex-secretário do Tesouro dos EUA. Após a divulgação de emails que mostravam o seu contacto próximo com Epstein mesmo após a condenação deste em 2008, Summers demitiu-se do conselho consultivo do Santander e do conselho da OpenAI, afastou-se de compromissos públicos e deixou de lecionar em Harvard.

A universidade, da qual foi presidente, reabriu uma investigação sobre as suas ligações ao financeiro.

A polémica em torno do caso estendeu-se também aos media, com a ex-jornalista da Fox News, Megyn Kelly, a ser criticada por ter afirmado no seu podcast que Epstein "gostava delas novinhas", relativizando a gravidade dos seus crimes de pedofilia.

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