Aliança Reforçada: Trump e Takaichi Selam Compromisso em Defesa e Comércio Face à China



Durante a sua visita a Tóquio, a segunda etapa de uma viagem pela Ásia, o Presidente norte-americano, Donald Trump, garantiu que os Estados Unidos são um aliado do Japão "ao mais alto nível".
No seu primeiro encontro com a nova primeira-ministra japonesa, Sanae Takaichi, no cargo há apenas uma semana, Trump sublinhou o compromisso dos EUA com o país.
Por sua vez, Takaichi expressou o desejo de inaugurar uma "nova era de ouro" nas relações bilaterais, num contexto de preocupação com o crescente poderio militar da China.
A defesa foi um dos pontos centrais da reunião.
Em linha com a exigência de Trump para que os aliados aumentem as suas despesas militares, a primeira-ministra anunciou que o Japão irá aumentar o seu orçamento de defesa para 2% do PIB já a partir do atual ano fiscal, dois anos antes do previsto.
Atualmente, cerca de 60 mil militares norte-americanos estão estacionados no Japão.
Durante a visita, Trump planeia encontrar-se com algumas destas tropas a bordo do porta-aviões USS George Washington.
As questões comerciais também dominaram a agenda.
Apesar de já existir um acordo comercial, permanecem pontos em aberto, como a redução das taxas alfandegárias sobre os automóveis japoneses.
Discutiu-se ainda o investimento japonês de 550 mil milhões de dólares em solo norte-americano, tendo sido clarificado que a maior parte deste valor corresponde a empréstimos e garantias, e não a investimento direto.
Adicionalmente, espera-se a assinatura de protocolos nos setores das terras raras e da construção naval.
Como gesto de boa vontade, Tóquio poderá anunciar a compra de uma centena de carrinhas Ford F-150. O encontro teve também uma componente pessoal, com Trump a recordar a sua proximidade com o antigo primeiro-ministro Shinzo Abe, assassinado em 2022, e a descrever Takaichi como "uma grande aliada e amiga" de Abe.
Após a visita ao Japão, Donald Trump seguirá para a Coreia do Sul, onde se encontrará com o Presidente chinês, Xi Jinping, para tentar selar um acordo que ponha fim à guerra comercial entre as duas maiores economias mundiais.
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