Donald Trump alerta para um mau Pai Natal e defende o carvão em telefonemas com crianças

O presidente norte-americano, Donald Trump, aproveitou a tradicional iniciativa de atender chamadas de crianças na véspera de Natal para alertar contra a infiltração de um "mau Pai Natal" e promover o "carvão limpo e bonito".

Na véspera de Natal, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e a primeira-dama, Melania Trump, participaram na tradicional iniciativa do Comando de Defesa Aeroespacial da América do Norte (NORAD), atendendo telefonemas de crianças que seguiam a viagem do Pai Natal. A partir da sua estância de Mar-a-Lago, na Florida, Trump manteve um tom bem-humorado, mas aproveitou a ocasião para introduzir temas políticos.

Durante uma conversa com duas crianças do Oklahoma, o presidente assegurou que o Pai Natal é uma "pessoa muito boa", mas que era preciso garantir que não se tratava de um infiltrado e que não entraria no país um "mau Pai Natal". Noutras chamadas, Trump brincou com um menino da Carolina do Norte sobre o Pai Natal ficar desapontado se não encontrasse bolachas, descrevendo-o como "um pouco cheinho". A uma menina do Kansas, que esperava não receber carvão, Trump respondeu questionando se ela se referia a "carvão limpo e bonito", uma alusão à sua defesa da indústria carbonífera.

Este tom contrastou com as mensagens publicadas pouco depois, nas quais regressou ao seu registo combativo.

Numa publicação, desejou um "Feliz Natal a todos, incluindo aos canalhas da esquerda radical que estão a fazer tudo para destruir o nosso país".

Este comportamento é consistente com anos anteriores, como em 2024, quando se referiu a "lunáticos da esquerda radical", e em 2017, quando criticou o FBI e a imprensa durante a época festiva.

Apesar de se mostrar animado durante as chamadas, afirmando que "podia fazer isto o dia inteiro", Trump concluiu a sua participação para regressar a "assuntos mais urgentes", como os esforços para conter a guerra entre a Rússia e a Ucrânia.

Enquanto aguardava por chamadas, comentou ainda a concentração da sua esposa ao telefone, notando que ela conseguia focar-se "totalmente, sem me ouvir".