Estados Unidos realizaram ataques aéreos na Nigéria em operação conjunta contra jihadistas



As forças armadas dos Estados Unidos, em conjunto com o governo da Nigéria, realizaram ataques aéreos no dia de Natal contra militantes jihadistas na região de Sokoto, no noroeste do país africano.
A operação, confirmada por ambas as partes, visou elementos do grupo Estado Islâmico (EI) que, segundo as autoridades nigerianas, teriam vindo do Sahel para colaborar com o grupo local Lakurawa e outras gangues.
Os ataques foram lançados a partir de navios de guerra no Golfo da Guiné, utilizando drones MQ-9 Reaper e cerca de uma dezena de mísseis Tomahawk, com um total de 16 munições guiadas por GPS a serem disparadas. O Presidente dos EUA, Donald Trump, afirmou que a ofensiva foi um "presente de Natal" e que todos os campos visados foram "dizimados". A justificação da administração norte-americana centrou-se na proteção das comunidades cristãs, com Trump a declarar que os terroristas "pagaram caro" pelo "massacre de cristãos", uma alegação que já tinha motivado ameaças de intervenção militar em novembro.
O presidente norte-americano revelou ter adiado o ataque por um dia por razões simbólicas.
O governo nigeriano, no entanto, rejeitou veementemente a caracterização do conflito como religioso.
O ministro dos Negócios Estrangeiros, Yusuf Tuggar, afirmou que "o terrorismo na Nigéria não é um conflito religioso; é uma ameaça à segurança regional", sublinhando que "rótulos simplistas não resolvem ameaças complexas".
As autoridades nigerianas esclareceram que os ataques se basearam em informações dos seus serviços de inteligência e ocorreram após conversas entre Tuggar e o secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio.
O porta-voz do presidente Bola Tinubu, Daniel Bwala, reforçou que o alvo foram militantes do EI que forneciam equipamento e treino a grupos locais. Ambos os países indicaram que a cooperação é contínua e que são esperados mais ataques.
O chefe do Pentágono, Pete Hegseth, publicou na rede social X a frase "mais por vir".
Analistas consideram que a Nigéria reconheceu a necessidade de ajuda externa para combater a violência que assola o país há décadas, perpetuada por grupos como o Boko Haram e a sua fação ISWAP.
















