
Trump e Putin “cara a cara” no Alasca para falar de guerra e paz



Os presidentes dos Estados Unidos e da Rússia, Donald Trump e Vladimir Putin, reúnem-se esta quinta-feira no Alasca para uma cimeira decisiva sobre o futuro da guerra na Ucrânia, um encontro que exclui a participação de líderes ucranianos e europeus.
O encontro “cara a cara”, o primeiro presencial entre os dois líderes desde 2019, terá lugar numa base militar perto de Anchorage, às 11:30 locais (20:30 em Lisboa).
A agenda, segundo as autoridades russas, inclui uma conversa inicial apenas com intérpretes, seguida de uma reunião alargada às delegações dos dois países que culminará com um almoço de trabalho.
O objetivo central é discutir o conflito iniciado pela Rússia em fevereiro de 2022 para, segundo Moscovo, “desmilitarizar e desnazificar” o país vizinho.
A escolha do Alasca, um antigo território russo vendido aos EUA em 1867, é simbólica.
A cimeira é vista como crucial para resolver o pior conflito na Europa desde a Segunda Guerra Mundial, mas decorre sem a presença de qualquer líder europeu ou do presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky.
Na véspera, Zelensky e os seus aliados europeus reuniram-se por videoconferência com Trump para o sensibilizar a não tomar decisões sem o consentimento da Ucrânia. Donald Trump, que durante a campanha eleitoral prometeu acabar com a guerra em 24 horas, delineou dois cenários possíveis: se a cimeira for bem-sucedida, haverá um novo encontro com a presença de Zelensky; caso contrário, não haverá mais negociações.
O presidente norte-americano, que admitiu aspirar ao Nobel da Paz, afirmou que ambas as partes terão de fazer “concessões mútuas no que diz respeito às fronteiras, aos territórios”.
A cimeira foi agendada após um ultimato de Trump a Putin e conversas com o enviado da Casa Branca, Steve Witkoff.
As posições oficiais, no entanto, permanecem irreconciliáveis.
A Rússia continua a exigir a cedência das quatro regiões que ocupou parcialmente em 2022 (Donetsk, Lugansk, Zaporijia e Kherson), além da Crimeia, e que a Ucrânia renuncie a armamento ocidental e à adesão à NATO, condições que Kiev considera inaceitáveis.
Apesar da cimeira, a Rússia não abrandou a sua ofensiva no leste ucraniano.
Até ao momento, as negociações entre os beligerantes resultaram apenas em trocas de prisioneiros, tendo sido anunciada uma nova troca de 84 prisioneiros de cada lado.
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