Guerra às Drogas ou Confronto Político? Sanções dos EUA a Petro Elevam Tensão com a Colômbia



A administração Trump, através do Departamento do Tesouro, impôs sanções ao Presidente da Colômbia, Gustavo Petro; à sua esposa, Veronica del Socorro Alcocer Garcia; ao seu filho, Nicolas Fernando Petro Burgos; e ao Ministro do Interior, Armando Alberto Benedetti.
A justificação oficial, apresentada pelo Secretário do Tesouro Scott Bessent, é que Petro "tem permitido que os cartéis de droga prosperem e recusou-se a interromper esta atividade".
Estas medidas são descritas como uma ação forte do Presidente Trump para proteger os EUA do tráfico de drogas. A decisão intensifica um confronto crescente entre os dois líderes, particularmente sobre os ataques norte-americanos a supostos barcos de droga na América do Sul.
A tensão já tinha vindo a aumentar, com Trump a ameaçar cortar a ajuda à Colômbia e a descrever Petro como "um líder do tráfico de drogas ilegal".
No mês passado, os EUA adicionaram a Colômbia à lista de nações que não cooperam na guerra contra as drogas, algo que não acontecia há quase 30 anos.
A repressão norte-americana foi expandida para o Oceano Pacífico, com o Pentágono a anunciar o envio de um porta-aviões para a região.
O Presidente Gustavo Petro reagiu às sanções, que o colocam na 'Lista Clinton' do Tesouro dos EUA, classificando-as como um "paradoxo".
Na rede social X, defendeu que tem lutado eficazmente contra o narcotráfico durante décadas e afirmou que não recuará, garantindo que nunca ficará "de joelhos". Petro anunciou também que irá defender-se das acusações, que considera "calúnias", recorrendo aos tribunais dos EUA com advogados americanos.
Antes da imposição das sanções, a política antidrogas da Colômbia já tinha sido tema de uma reunião entre Petro e o encarregado de negócios dos EUA em Bogotá, John T. McNamara.
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