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Trump não garante pagamentos retroativos a trabalhadores afetados pelo 'shutdown'

A administração de Donald Trump anunciou que não irá garantir o pagamento retroativo a 750 mil trabalhadores federais afetados pelo 'shutdown', revertendo uma prática instituída e aumentando a pressão sobre o Congresso para resolver o impasse orçamental.
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O governo de Donald Trump informou, através de um documento interno da Casa Branca, que não assegurará o pagamento retroativo dos salários aos 750 mil trabalhadores federais afetados pela paralisação do governo, conhecida como 'shutdown'.

Esta decisão representa uma inversão de uma prática comum em situações semelhantes e é interpretada como uma tática para pressionar os congressistas a alcançarem um acordo.

O 'shutdown', que já se prolonga pelo sétimo dia, resulta de um impasse orçamental entre os partidos. Os democratas condicionam a aprovação do orçamento à extensão do financiamento para os cuidados de saúde, o que tem impedido um consenso.

A medida da Casa Branca intensifica o conflito político, colocando os funcionários públicos numa situação de incerteza financeira.

Curiosamente, esta posição contradiz uma ação anterior do próprio presidente.

Após o 'shutdown' mais longo da história dos EUA, em 2019, Donald Trump promulgou legislação que garantia o pagamento retroativo a todos os trabalhadores federais em qualquer paralisação governamental.

No entanto, o Gabinete de Gestão e Orçamento da Casa Branca afirma agora, no novo documento, que a decisão e a responsabilidade por esse pagamento cabem ao Congresso, no âmbito de uma futura proposta orçamental.

Durante uma reunião, o próprio Trump fez declarações ambíguas, afirmando primeiro que os pagamentos "dependem de quem estivermos a falar" e, minutos depois, que iria "aplicar a lei" sobre a matéria.

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