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Reconfiguração Global: A Ascensão Chinesa na Europa e as Tensões Laborais nos EUA Abalam a Indústria Automóvel

A indústria automóvel global enfrenta uma reconfiguração profunda, marcada pela ascensão dos fabricantes chineses na Europa e por tensões políticas que afetam a produção nos Estados Unidos.
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Carlos Tavares, antigo presidente executivo da Stellantis, antecipa uma profunda transformação na indústria automóvel europeia, prevendo que os fabricantes chineses se tornarão os “salvadores” de fábricas e empregos no continente.

Numa entrevista ao Financial Times, Tavares projetou que, nos próximos 10 a 15 anos, empresas chinesas adquirirão fábricas ocidentais em dificuldades, preservando postos de trabalho, mas acelerando o declínio de marcas europeias rivais.

O gestor português, que ele próprio assinou um acordo com a chinesa Leapmotor, admitiu que o objetivo final destas empresas é “engolir-nos um dia”.

Tavares criticou duramente as políticas da União Europeia, nomeadamente a proibição de motores de combustão em 2035, classificando-a como uma “estupidez” que resultou em investimentos massivos que poderão ser desperdiçados.

Segundo a sua visão “darwiniana”, apenas cinco ou seis grandes fabricantes sobreviverão globalmente, incluindo a Toyota, a Hyundai e duas empresas chinesas, como a BYD e a Geely.

O ex-executivo prevê ainda que a Tesla perderá terreno para os concorrentes chineses e levanta dúvidas sobre o futuro da própria Stellantis na era da desglobalização.

Entretanto, nos Estados Unidos, a indústria automóvel enfrenta desafios de outra natureza.

O Presidente Donald Trump prometeu o regresso de 316 trabalhadores sul-coreanos deportados em setembro de uma fábrica da Hyundai no estado da Geórgia. Trump admitiu a necessidade de mão de obra especializada, reconhecendo que a produção de baterias é “muito complexa e perigosa”.

A sua administração tinha sido criticada pelo governo da Coreia do Sul, que considerou que a deportação minava a confiança dos investidores.

Apesar da controvérsia, a Hyundai anunciou um novo investimento de 2,7 mil milhões de dólares na fábrica da Geórgia.

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