Aproximação Diplomática Põe Fim à Guerra Tarifária entre EUA e Brasil



O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou uma ordem executiva que elimina as tarifas de 40% aplicadas desde julho a uma vasta gama de produtos brasileiros. A medida, que abrange bens retirados de armazéns desde 13 de novembro, foi justificada pelo próprio Trump como resultado de uma conversa com o presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, a 6 de outubro.
A decisão representa uma viragem significativa nas relações comerciais entre os dois países, que se tinham deteriorado após a condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro.
As tarifas foram originalmente impostas como retaliação pela condenação de Bolsonaro, um aliado de Trump, a 27 anos de prisão por tentativa de golpe de Estado. Inicialmente, os EUA tinham aplicado uma tarifa de 10% sobre as exportações brasileiras, à qual foi posteriormente adicionada uma sobretaxa de 40%, elevando o total para 50%. A revogação destas taxas surge após um processo de negociação iniciado com um encontro casual entre Trump e Lula na Assembleia Geral da ONU, em setembro, seguido de um telefonema e uma reunião presencial em Kuala Lumpur, na Malásia, a 26 de outubro, descrita como positiva por ambas as partes. As isenções aplicam-se a uma longa lista de produtos detalhada em duas listas.
Entre os bens abrangidos estão a carne de vaca e seus derivados, café, cacau, especiarias, frutas, legumes, combustíveis fósseis, produtos químicos, gases liquefeitos, celulose e componentes para a aviação civil.
A decisão harmoniza a política tarifária norte-americana, garantindo que nem as tarifas globais anunciadas em abril, nem as específicas impostas ao Brasil em julho, se apliquem a estes produtos.
O governo brasileiro, que regista um défice comercial com os EUA há quinze anos, já tinha classificado como positivo um plano anterior de Trump para eliminar certas tarifas, manifestando confiança na continuação das negociações para obter novas reduções.











