Donald Trump suspende programa de vistos após crimes cometidos por cidadão português



O Presidente norte-americano, Donald Trump, suspendeu o programa de vistos de diversidade, conhecido como lotaria dos 'green cards', após ter sido revelado que o suspeito da morte do físico português Nuno Loureiro e de um tiroteio na Universidade Brown entrou nos EUA através deste mecanismo. A secretária da Segurança Interna, Kristi Noem, anunciou que, a pedido de Trump, ordenou ao Serviço de Cidadania e Imigração a suspensão do programa, afirmando que o suspeito, Cláudio Neves Valente, "nunca deveria ter tido permissão para entrar" no país. Os investigadores acreditam que Valente, de 48 anos, é o responsável pelo assassínio do professor do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), Nuno Loureiro, de 47 anos, morto a tiro na sua casa em Brookline. Adicionalmente, é suspeito de um ataque a tiro na Universidade Brown que resultou na morte de duas pessoas e feriu outras nove.
As autoridades estabeleceram uma ligação entre os dois casos.
O suspeito foi encontrado morto com um ferimento de bala autoinfligido, tendo a polícia concluído que agiu sozinho.
Cláudio Neves Valente obteve o estatuto de residente permanente legal nos Estados Unidos em 2017, através do programa de vistos agora suspenso. Segundo a procuradora federal de Massachusetts, Leah B. Foley, Valente e a vítima, Nuno Loureiro, frequentaram o mesmo programa académico numa universidade em Portugal entre 1995 e 2000. Valente também esteve matriculado como aluno de pós-graduação em Física na Universidade Brown entre 2000 e 2001, embora não tivesse qualquer vínculo atual com a instituição. O programa de vistos em causa disponibiliza anualmente até 50 mil vistos, através de sorteio, a pessoas de países com baixa representação nos Estados Unidos.
Donald Trump há muito que se opõe a este programa.
No ano passado, apenas 38 cidadãos portugueses foram contemplados com um visto através desta via.
















