Escalada de Tensão: Turquia Emite Mandado de Detenção para Netanyahu por Genocídio, Israel Denuncia 'Manobra de Erdogan'



A Procuradoria-Geral de Istambul emitiu mandados de captura por genocídio contra o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, e outros 36 altos funcionários israelitas. A acusação formal refere-se a 'genocídio e os crimes contra a humanidade perpetrados de forma sistemática pelo Estado de Israel na Faixa de Gaza'. Entre os visados, além de Netanyahu, encontram-se o ministro da Defesa, Israel Katz, o ministro da Segurança Nacional, Itamar Ben-Gvir, e o chefe do Estado-Maior das Forças Armadas, Eyal Zamir.
No comunicado, o Ministério Público turco mencionou especificamente o bombardeamento do 'Hospital da Amizade Turco-Palestiniana' em Gaza.
Esta ação judicial surge num contexto em que a Turquia já se tinha juntado ao processo por genocídio contra Telavive, apresentado pela África do Sul perante o Tribunal Internacional de Justiça.
A reação de Israel foi imediata e veemente.
O governo israelita rejeitou os mandados, classificando-os como um 'golpe publicitário' e uma 'manobra' do presidente turco, Recep Tayyip Erdogan.
Numa declaração na rede social X, o ministro dos Negócios Estrangeiros israelita, Gideon Saar, expressou o 'desprezo' de Israel pela decisão, referindo-se ao líder turco como o 'tirano Erdogan'. Para justificar a sua posição, Saar acusou o sistema judicial turco de ser uma ferramenta de repressão política. Segundo o ministro israelita, 'na Turquia de Erdogan, o sistema judicial há muito que se tornou uma ferramenta para silenciar rivais políticos e deter jornalistas, juízes e presidentes de câmara'. Saar citou como exemplo o caso de Ekrem Imamoglu, presidente da câmara de Istambul e opositor de Erdogan, que se encontra preso e é alvo de múltiplos processos judiciais.
Esta contra-acusação visa deslegitimar os mandados, enquadrando-os como um ato politicamente motivado e não como uma medida judicial genuína.
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