
GfK defende medição integrada das audiências de televisão em Portugal



A GfK, entidade que mede as audiências de televisão em Portugal, foi escolhida para implementar um novo sistema de “Total Video Measurement” na África do Sul, que integra o consumo de televisão linear e de Connected TV (CTC). A empresa defende agora a adoção de uma solução semelhante no mercado português para responder à crescente fragmentação dos hábitos de consumo audiovisual.
Segundo António Salvador, diretor-geral da GfK em Portugal, a necessidade de um modelo que integre televisão tradicional e vídeo on demand (VOD) é “igualmente evidente” no país.
O responsável sublinha que os consumidores dividem o seu tempo entre múltiplos ecrãs e plataformas, tornando crucial a existência de uma “métrica transversal, fiável e reconhecida por todos”. Este sistema integrado permitiria que canais, agências de meios e marcas tivessem uma leitura completa das audiências, assegurando que os investimentos publicitários refletem o comportamento real do público.
O modelo a ser implementado na África do Sul, a pedido do Broadcast Research Council of South Africa (BRC), servirá de referência e será desenvolvido por fases.
Numa primeira etapa, será criada uma medida-referência diária partilhada para a televisão.
Posteriormente, serão integrados o VOD e o streaming no planeamento de media, com o objetivo de, até 2028, oferecer uma visão única das audiências em todos os ecrãs.
Esta proposta surge num panorama mediático português onde a competição é acirrada e os canais por cabo demonstram a sua força.
No domingo, 21 de setembro de 2025, o conjunto dos canais por cabo (“Total Cabo”) liderou com 39,8% de quota de mercado. Entre os canais generalistas, a TVI destacou-se com 14,8% de share, superando a SIC, o que evidencia a dispersão do público e reforça a pertinência de uma medição mais abrangente.
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