Vladimir Putin afirma estar pronto para dialogar com Emmanuel Macron sobre a Ucrânia

O Presidente russo, Vladimir Putin, manifestou a sua disponibilidade para retomar o diálogo com o seu homólogo francês, Emmanuel Macron, num momento em que decorrem negociações de paz para a Ucrânia lideradas pelos Estados Unidos.

O Presidente da Rússia, Vladimir Putin, está “pronto para dialogar” com o seu homólogo francês, Emmanuel Macron.

A confirmação foi dada pelo porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, à agência de notícias russa RIA Novosti, que recordou que o próprio Putin já tinha expressado essa disponibilidade. Esta declaração surge como resposta a uma afirmação de Macron, que na sexta-feira, em Bruxelas, considerou que “vai voltar a ser útil falar com Vladimir Putin”. A iniciativa de Macron foi comunicada no final de uma cimeira onde a União Europeia acordou um empréstimo de 90 mil milhões de euros para apoiar a Ucrânia.

O presidente francês sublinhou que outros líderes, como o Presidente norte-americano Donald Trump, já retomaram o diálogo com Moscovo.

Macron insistiu que europeus e ucranianos devem encontrar um enquadramento para retomar a discussão de forma adequada, para não serem representados por negociadores que atuam isoladamente, o que, na sua opinião, “não é o ideal”.

Paralelamente a esta abertura para o diálogo franco-russo, decorrem negociações de paz em Miami, na Florida, impulsionadas pelos Estados Unidos. Emissários de Donald Trump estão a conduzir uma série de conversações separadas com Moscovo, por um lado, e com ucranianos e europeus, por outro, na esperança de alcançar um acordo para o conflito. As discussões em Miami contam com a presença de negociadores ucranianos, europeus e norte-americanos, sendo lideradas por Steve Witkoff, enviado especial de Trump, e Jared Kushner, genro do Presidente dos EUA.

O emissário russo, Kirill Dmitriev, também se encontra na cidade.

Neste contexto, o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, apelou no sábado a Washington para que aumente a pressão sobre Moscovo.

O objetivo é alcançar um acordo que ponha fim ao conflito iniciado pela invasão russa em fevereiro de 2022.