
Guerra na Ucrânia: da frente de batalha à diplomacia e acusações de crimes de guerra



No campo de batalha, o Presidente russo Vladimir Putin anunciou que mais de 700 mil soldados russos se encontram na linha da frente, um dia após o chefe do Estado-Maior, Valery Gerasimov, ter assegurado que as forças russas avançam em quase todos os setores.
Em paralelo, a Rússia e a Bielorrússia concluíram o exercício militar ZAPAD-2025, que envolveu 100 mil militares e foi supervisionado por Putin.
A União Europeia, através da sua chefe da diplomacia, Kaja Kallas, expressou grande preocupação com estas manobras, considerando que não demonstram um compromisso com a paz e representam uma potencial ameaça à segurança, especialmente no contexto da atual guerra e das repetidas violações do espaço aéreo de estados-membros por drones russos.
Simultaneamente, surgem graves acusações contra a Rússia.
Investigadores da Universidade de Yale revelaram que a Rússia traficou milhares de crianças ucranianas para pelo menos 210 instalações em territórios russos e ocupados. O relatório indica que, em dezenas destes locais, as crianças são submetidas a programas de reeducação e militarização, chegando a produzir equipamento militar.
Estas ações levaram o Tribunal Penal Internacional a emitir mandados de prisão contra Vladimir Putin e a sua comissária para os direitos da criança em 2023.
A especialista em genocídio, Kristina Hook, considera que o rapto em massa de crianças constitui um forte argumento de que a Rússia está a cometer “o crime dos crimes”.
No plano diplomático, a Ucrânia procura alargar os seus apoios.
O ministro dos Negócios Estrangeiros ucraniano, Andriy Sybiha, apelou ao apoio político e diplomático dos países africanos e do Brasil, sublinhando que um dia de guerra custa ao país 220 milhões de dólares.
Sybiha definiu como "linhas vermelhas" inegociáveis a integridade territorial e a soberania do país, mas reiterou que o Presidente Volodymyr Zelensky está pronto para se encontrar com Putin em qualquer local, exceto em Moscovo, para acelerar os esforços de paz.
Enquanto a diplomacia avança, a contraespionagem também atua, com a polícia britânica a deter três pessoas perto de Londres por suspeitas de espionagem ao serviço da Rússia.
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