Ucrânia Entre a Diplomacia Europeia e o Ceticismo Interno: A Busca por uma 'Paz Digna'



Os esforços diplomáticos para alcançar a paz na Ucrânia intensificam-se, com o país a preparar-se para apresentar uma contraproposta de paz na próxima terça-feira.
Segundo o líder ucraniano, o plano revisto contém 20 pontos, mas um dos principais obstáculos permanece por resolver: a exigência da Rússia sobre a cedência de território, um ponto sobre o qual ainda não existe acordo.
A Ucrânia procura o que descreve como uma 'paz digna', num contexto de uma invasão que já se prolonga pelo seu quarto ano.
Neste cenário, o apoio europeu assume uma posição central. O presidente do Conselho Europeu, António Costa, e a líder da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, manifestaram uma posição conjunta, sublinhando que a soberania da Ucrânia tem de ser respeitada em qualquer eventual acordo. Os líderes europeus consideram que a segurança ucraniana deve ser garantida a longo prazo, descrevendo o país como a 'primeira linha de defesa' da União Europeia.
Numa análise, João Ferreira Dias destaca a visão de que a Ucrânia se tornará na 'nossa cortina de ferro e a nossa segurança para a Europa'.
Contudo, a perceção no terreno contrasta com o otimismo diplomático.
Em Kiev, a população sente-se 'pouco conectada com as negociações para um cessar-fogo', segundo relatos do Correio da Manhã.
Existe um sentimento de que não estão a ser feitos esforços suficientes para alcançar a paz.
Os cidadãos ucranianos acusam os Estados Unidos de manterem uma 'posição dúbia' no processo, mas expressam confiança no apoio contínuo da Europa.
Esta desconfiança é agravada pela realidade diária, com ataques russos a continuarem a causar mortos e feridos em várias cidades ucranianas.

















