
Trump e Putin "cara a cara" no Alasca para falar de guerra e paz



A iminente cimeira entre os presidentes dos EUA, Donald Trump, e da Rússia, Vladimir Putin, no Alasca, para discutir a guerra na Ucrânia, domina a agenda diplomática.
Este será o primeiro encontro presencial entre os dois líderes desde a invasão russa de 2022.
A exclusão da Ucrânia e dos líderes europeus da reunião levou o chanceler alemão, Friedrich Merz, a convocar uma série de reuniões virtuais de emergência para tentar influenciar a posição norte-americana. Nestas conversas participam, para além de Trump e do presidente ucraniano Volodymyr Zelensky, os líderes de França, Reino Unido, Itália, Polónia e Finlândia, bem como os presidentes da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, do Conselho Europeu, António Costa, e o secretário-geral da NATO, Mark Rutte. Volodymyr Zelensky manifestou a esperança de que o encontro entre Trump e Putin resulte num cessar-fogo. No entanto, o presidente ucraniano apelou aos seus aliados para que pressionem a Rússia, alertando para a necessidade de evitar enganos por parte de Moscovo, que, segundo ele, não dá sinais de querer acabar com a guerra. Zelensky, que se deslocou a Berlim para as conversações, teme que um acordo bilateral possa forçar a Ucrânia a ceder território, uma sugestão já avançada por Trump mas rejeitada por Kiev.
A União Europeia e a NATO afirmam estar em “coordenação próxima” com Washington.
Numa declaração conjunta, 26 dos 27 Estados-membros da UE (com a Hungria a recusar assinar) saudaram a iniciativa de Trump, mas sublinharam que uma “paz justa e duradoura” deve respeitar o direito internacional e a integridade territorial da Ucrânia, não podendo ser decidida sem a sua participação. A Casa Branca, por sua vez, reduziu as expectativas, descrevendo a cimeira como uma oportunidade para Trump “obter uma melhor compreensão” da situação, uma vez que apenas uma das partes do conflito estará presente.
A cimeira bilateral terá lugar na base militar de Elmendorf-Richardson, em Anchorage.
Analistas citados consideram que a Europa foi marginalizada neste processo negocial, em parte por “capitulação” própria em outras matérias, encontrando-se agora numa posição reativa e frustrante, a tentar influenciar à distância negociações que podem “remodelar fundamentalmente a segurança europeia”.
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