
UE defenderá o seu território e reforçará a sua defesa



Numa entrevista publicada no jornal belga Le Soir, Ursula von der Leyen sublinhou a urgência de um "pilar europeu" de defesa mais robusto para salvaguardar a democracia e a prosperidade num contexto global cada vez mais hostil. Esta posição surge na sequência de uma série de incursões recentes de drones e aeronaves russas no espaço aéreo de Estados-membros como a Polónia, a Roménia e a Estónia. A presidente da Comissão Europeia considerou estes incidentes "muito significativos" e, embora reafirmando o papel central da NATO na defesa coletiva, insistiu na necessidade de um pilar europeu mais forte.
Para alcançar esta maior "autonomia e independência", Von der Leyen mencionou que a União Europeia já dispõe do programa "Horizonte 2030", cuja implementação está a ser acelerada com a mobilização de até 800 mil milhões de euros para o setor da defesa. Questionada sobre a possibilidade da criação de forças armadas próprias da UE, a presidente da Comissão esclareceu que os Estados-membros "manterão sempre a responsabilidade pelas suas próprias tropas", afastando a ideia de um exército europeu único. A líder europeia abordou também outras ameaças, como o bloqueio de sinais de GPS no espaço aéreo europeu junto às fronteiras com a Rússia, que afetou numerosos voos, incluindo um em que ela própria viajava. Defendeu uma dissuasão "forte e fiável" contra estas ações, afirmando que a Rússia "parece disposta a aceitar a possibilidade de ocorrerem acidentes fatais".
Von der Leyen assegurou que Bruxelas leva estes incidentes, bem como todos os ataques híbridos e cibernéticos russos, "muito a sério", considerando que demonstram que "as ambições da Rússia não se limitam à Ucrânia".
Na mesma entrevista, a presidente da Comissão Europeia comentou a situação no Médio Oriente, defendendo uma postura europeia equilibrada que procure "alcançar a verdadeira segurança para Israel" e, simultaneamente, "garantir um presente e um futuro seguros para todos os palestinianos". Apelou ainda a um "cessar-fogo imediato", ao "acesso ilimitado a toda a ajuda humanitária" e reiterou que a solução de dois Estados é a única via para uma paz duradoura na região.
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