UGT Aumenta Pressão sobre o Governo com Ameaça de Greve Geral de Dois Dias



O secretário-geral da UGT, Mário Mourão, advertiu que a central sindical poderá intensificar a sua forma de protesto se o executivo não alterar a sua posição relativamente à reforma da legislação laboral. A greve geral, inicialmente convocada pela CGTP-In e à qual a UGT se associou por unanimidade, está marcada para 11 de dezembro, mas poderá ser estendida se a proposta do Governo se mantiver inalterada nas reuniões agendadas para 19 de novembro e 10 de dezembro. Mourão acusa o Governo de ter "encostado a UGT à parede", forçando a central sindical a avançar para a greve.
O líder sindical aconselhou o executivo a "parar, escutar e refletir" para que se possa encontrar uma solução negociada, que passaria pela retirada da proposta atual.
Caso contrário, a UGT pondera "marcar dois dias de greve, em vez de ser só um". A proposta governamental, apresentada em julho de 2025, é descrita pela UGT como um "grave retrocesso nos direitos dos trabalhadores" e a sua versão mais recente como "inócua", referindo que algumas alterações, como as relativas ao 'outsourcing', são piores que as iniciais.
O Banco de Horas individual é uma das "linhas vermelhas" para a central sindical.
O secretário-geral da UGT lamentou a postura do Governo na Concertação Social, defendendo que este deveria atuar como um "árbitro" e não como um "parceiro com interesses", considerando que esta atitude está a criar bloqueios na negociação e deixará marcas futuras.
Esta será a primeira paralisação geral a juntar as duas maiores centrais sindicais portuguesas desde junho de 2013, quando o país estava sob a intervenção da 'troika'.















