
ULS de Coimbra defende descentralização e cuidados de proximidade



O presidente da Unidade Local de Saúde (ULS) de Coimbra, Alexandre Lourenço, defendeu a aposta na descentralização e nos cuidados de proximidade como forma de combater as "muitas iniquidades no acesso e dificuldades de aceder a cuidados de saúde" no território. Durante as celebrações do Dia da ULS de Coimbra, Lourenço destacou que esta estratégia, já em implementação no plano estratégico da unidade, permitiu uma redução do número de utentes sem médico de família de 12% para 5%. Para reforçar esta abordagem, a ULS de Coimbra planeia triplicar o número de vagas em serviços domiciliários até ao final de 2026. Já se verificou um aumento de 50% na hospitalização domiciliária e foram criadas cinco unidades de oftalmologia de proximidade. Estão também a ser implementadas unidades de audiologia e de tratamento de feridas complexas, com o objetivo de "reduzir as barreiras no acesso a cuidados de saúde" e promover a universalidade do acesso. Outro projeto prioritário é a construção de uma nova Maternidade no perímetro dos Hospitais da Universidade de Coimbra, que substituirá as duas atuais, consideradas "muito deterioradas". Alexandre Lourenço sublinhou que a ULS de Coimbra é a entidade que realiza mais partos no país e que a nova estrutura, com conclusão prevista para 2030, permitirá elevar a qualidade dos cuidados. O projeto, que sofreu vários atrasos, representa um investimento de cerca de 55 milhões de euros, com 45 milhões de euros previstos no Orçamento do Estado para 2025. No âmbito do "Plano Estratégico 2030", foram apresentadas três linhas de reorganização.
Estas incluem a criação de um "Hospital para a comunidade" com equipas comunitárias multidisciplinares, a intervenção precoce em saúde mental e a organização de percursos clínicos integrados.
A estratégia contempla ainda a aposta na transição digital e na orientação de recursos para a promoção da saúde e prevenção da doença.
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