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Terapia "altamente eficaz" contra tumores desenvolvida no i3S

A Unidade Local de Saúde (ULS) de Santo António, no Porto, demorou sete meses a comunicar o diagnóstico de um tumor maligno a um utente idoso e à sua família, um atraso que a Entidade Reguladora da Saúde considerou uma falha na obrigação de comunicação atempada.
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O caso teve início a 9 de outubro de 2023, quando um utente idoso foi internado no serviço de urologia da ULS de Santo António (ULSSA) após uma queda.

A 22 do mesmo mês, foi submetido a uma cirurgia à próstata, tendo as amostras recolhidas sido enviadas para análise.

O relatório de anatomia patológica, que ficou disponível a 6 de novembro de 2023, concluiu que o utente tinha um "adenocarcinoma primitivo do cólon" com invasão da próstata. No entanto, este diagnóstico só foi comunicado à família a 18 de junho de 2024, sete meses após a sua confirmação. A ULSSA justificou o "lapso temporal" com o facto de o utente não ter comparecido a uma consulta externa de urologia agendada para 7 de dezembro de 2023. Segundo a unidade de saúde, essa ausência, que se deveu a um novo internamento do paciente na mesma data, impediu que houvesse "oportunidade de comunicar o resultado". O utente, que sofria de demência, acabou por falecer em julho de 2024. A Entidade Reguladora da Saúde (ERS), que teve conhecimento do caso através de uma reclamação da filha do utente, concluiu que a ULSSA "não cumpriu a obrigação, que sobre si impendia, de garantir a comunicação tempestiva" dos resultados dos exames. A ERS salientou que, após a não comparência do utente na consulta, não foi efetuada "qualquer outra diligência de comunicação" à família, especialmente tratando-se de um diagnóstico que implicava urgência na definição de um plano de cuidados. Em consequência, o regulador emitiu uma instrução à ULSSA para que implemente procedimentos que assegurem a comunicação expedita de resultados de exames, sobretudo os mais urgentes. Em resposta à ERS, a ULS de Santo António informou que se encontra em fase de testes um sistema de alertas interno, desenvolvido pela Comissão Local de Informatização Clínica. O objetivo deste sistema é garantir que os resultados críticos do Serviço de Anatomia Patológica sejam consultados atempadamente pela equipa médica responsável pelo doente, de modo a evitar a repetição de situações semelhantes.

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