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A Transição Elétrica: Entre a Nostalgia do Cheiro a Gasolina e a Realidade das Cargas Lentas

A transição para os veículos elétricos acarreta uma redefinição da experiência de condução, marcada tanto pela perda de sensações familiares como por novos desafios práticos que alteram a perceção do tempo e da viagem.
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A mudança dos automóveis de combustão para os elétricos implica uma adaptação que vai além da tecnologia, tocando nos sentidos e na rotina dos condutores. Consciente da perda de estímulos olfativos, o importador da Kia na Finlândia, em parceria com o perfumista Max Perttula, lançou uma edição limitada de um ambientador com fragrância a gasolina. Destinado a quem adquire um novo Kia EV4, este produto procura recriar o aroma de uma "oficina mecânica", com notas de óleo de motor, metal e até alcatrão, visando trazer "um toque de familiaridade e humor" a um processo de mudança que pode ser desafiador para muitos. No entanto, a par destas iniciativas que visam suavizar a transição, a realidade prática da utilização de um veículo elétrico pode apresentar obstáculos significativos, como ilustra a crónica de uma viagem entre Lisboa e o Minho. A experiência, descrita como uma "romaria penitencial", evidencia as lacunas da infraestrutura de carregamento.

A viagem foi marcada por longas esperas em postos de serviço, com carregadores ocupados ou excessivamente lentos, que estimavam mais de cinco horas para uma carga parcial.

Esta situação forçou um desvio para estradas nacionais, transformando um trajeto que deveria ser rápido numa jornada morosa e contemplativa. A experiência reflete uma dualidade na era da mobilidade elétrica: por um lado, o esforço de marcas como a Kia para mitigar a estranheza da nova tecnologia através da nostalgia sensorial; por outro, os desafios infraestruturais que impõem um ritmo mais lento e imprevisível às viagens. O condutor, resignado a uma velocidade reduzida para poupar bateria, vê o avanço tecnológico devolver-lhe uma "lentidão antiga", transformando a promessa de futuro numa redescoberta de um tempo mais humano e paciente, embora pautado pela frustração da espera.

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