Guerra de Palavras: Trump Sugere Pena de Morte para Democratas e Aprofunda Crise Institucional



A controvérsia teve início com a publicação de um vídeo na rede social X por seis congressistas democratas, todos com experiência prévia nas forças armadas ou nos serviços de informações, como o senador Mark Kelly, antigo astronauta da NASA, e a senadora Elissa Slotkin, ex-agente da CIA.
Na gravação, os democratas afirmam que as ameaças à Constituição dos EUA podem surgir de fontes internas e que o governo de Trump está a colocar os militares contra os próprios cidadãos, defendendo que os membros das forças de segurança “podem recusar-se a cumprir ordens ilegais”. A reação de Donald Trump foi imediata e veemente.
Na sua plataforma, Truth Social, o Presidente acusou os congressistas de “comportamento sedicioso, punível com a morte”, classificando-os como traidores. A Casa Branca apoiou a posição do Presidente, com o vice-chefe de gabinete, Stephen Miller, a acusar os democratas de incitarem a uma “rebelião institucional”.
Por sua vez, o secretário da Defesa, Pete Hegseth, desvalorizou o vídeo, atribuindo-o a uma “neurose anti-Trump”.
O Partido Democrata condenou firmemente a “retórica violenta e inflamatória” de Trump, exigindo que as suas publicações fossem apagadas “antes que alguém seja morto”.
Os líderes democratas reforçaram que a desobediência a ordens ilegais é um princípio fundamental do controlo civil sobre as forças armadas, uma posição apoiada por um grupo de mais de 360 antigos militares e diplomatas. Embora os congressistas não tenham especificado a que ordens se referiam, as suas declarações surgem num contexto de crescente crítica à utilização das forças armadas pela administração Trump.
Entre as ações controversas contam-se o envio da Guarda Nacional para cidades governadas por democratas, como Los Angeles e Washington D.C., contra a vontade das autoridades locais, e a realização de cerca de 20 ataques navais nas Caraíbas e no Pacífico contra embarcações suspeitas de narcotráfico, que resultaram em pelo menos 83 mortos e levantaram dúvidas sobre a sua legalidade.












