Uma dezena de casas de primeira habitação destruídas na região Centro

Uma dezena de casas de primeira habitação foi destruída pelos incêndios rurais que, desde julho, afetam Portugal Continental, sobretudo as regiões Norte e Centro. A época de incêndios já provocou três mortes, incluindo a de um bombeiro, vários feridos e avultados danos materiais em habitações, explorações agrícolas e áreas florestais. O concelho de Oliveira do Hospital, no distrito de Coimbra, é o mais afetado, com cinco residências permanentes destruídas pelo fogo com origem em Arganil. No mesmo distrito, a Lousã registou a perda de duas habitações. No distrito da Guarda, foi contabilizada uma casa destruída em Aguiar da Beira e outra em Fornos de Algodres. A estes casos somam-se duas outras habitações no distrito de Castelo Branco, uma no concelho de Penamacor e outra no de Castelo Branco. Em resposta, a autarquia de Oliveira do Hospital irá iniciar um plano de levantamento dos prejuízos. Na sequência de um Conselho de Ministros extraordinário em Viseu, o primeiro-ministro, Luís Montenegro, anunciou que o Estado irá comparticipar a 100% a reconstrução das habitações destruídas até um montante de 250 mil euros. Para custos que ultrapassem este valor, o apoio estatal será de 85% sobre o montante remanescente. Esta medida integra um novo instrumento legislativo, que funcionará como lei-quadro para futuras situações de emergência, e prevê uma dotação imediata de cerca de 2,5 milhões de euros para os danos atuais. Até 21 de agosto, os incêndios já tinham consumido 234 mil hectares em todo o país, sendo que mais de 53 mil hectares arderam apenas no incêndio de Arganil. Perante a gravidade da situação, Portugal ativou o Mecanismo Europeu de Proteção Civil, através do qual já recebeu apoio aéreo internacional, nomeadamente dois aviões Fire Boss e um helicóptero Super Puma, estando prevista a chegada de mais meios.