
UNESCO alerta para aumento dramático de 44% de ataques a escolas em 2024



A Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO) alertou, por ocasião do Dia Internacional para a Proteção da Educação contra Ataques, para um aumento de 44% nos ataques a instituições de ensino em 2024, em comparação com o ano anterior. Este nível alarmante de violência, segundo a organização, "coloca em risco brutal o futuro de centenas de milhares de crianças e jovens". De acordo com um relatório da ONU, foram registados 1.265 ataques contra escolas em 2024. As áreas mais afetadas são as que se encontram em conflito armado ou crises prolongadas, com particular incidência na Ucrânia, que registou 559 ataques, e em Gaza, com 148.
Outras regiões gravemente afetadas incluem Myanmar, Haiti e Afeganistão.
A UNESCO denuncia que a utilização de escolas para fins militares é cada vez mais comum, violando o direito internacional humanitário, e que 85 milhões de crianças estão fora da escola em contextos de crise.
Para fazer face a esta situação, a UNESCO está a mobilizar parceiros em 31 países para fornecer soluções educativas, bem como apoio material e psicossocial a estudantes e professores.
Este esforço concentra-se particularmente no Afeganistão, Gaza, Sudão, Síria e Ucrânia.
A organização está também a desenvolver um plano de ação para que os estados possam preparar métodos de aprendizagem alternativos em caso de crise, sublinhando que nada substitui a obrigação de proteger as escolas. No caso específico da Ucrânia, o governo informou que o ano letivo arrancou com 2,3 milhões de alunos em regime presencial, mais 103 mil do que em 2024, enquanto 1,2 milhões continuam em ensino à distância.
Para garantir a segurança, centenas de abrigos estão a ser construídos nas escolas para proteção contra ataques russos. O Dia Internacional para Proteger a Educação de Ataques, celebrado a 9 de setembro e proclamado pela ONU em 2020, visa consciencializar a nível global, mobilizar a comunidade internacional e promover políticas como a Declaração sobre Escolas Seguras, reforçando a ideia de que a educação é um pilar essencial para sociedades justas e pacíficas.
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