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Universitários bolseiros abandonam menos os estudos e têm melhores notas, conclui estudo
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Desempenho Académico de Universitários Bolseiros em Espanha
Um estudo em Espanha revela que os estudantes universitários bolseiros não só abandonam menos os estudos como também alcançam melhores resultados académicos, embora a sua presença em cursos de maior exigência seja inferior à dos seus colegas sem bolsa.
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De acordo com um relatório publicado pelo 'think tank' EsadeEcPol, com base em dados do Ministério da Ciência, Inovação e Universidades de Espanha, os estudantes universitários que recebem bolsa de estudo apresentam um desempenho académico superior em comparação com os não bolseiros.
As conclusões indicam que os bolseiros desistem menos, obtêm melhores notas e concluem a licenciatura mais rapidamente.
Os dados são claros: a taxa de abandono após o primeiro ano é de um em cada dez para os bolseiros, metade da registada entre os estudantes sem bolsa (dois em cada dez). Adicionalmente, os bolseiros são aprovados, em média, em 86% dos créditos em que se inscrevem anualmente, um valor significativamente superior aos 70% dos restantes alunos. A taxa de conclusão do curso no tempo previsto é também mais elevada entre os bolseiros, com 86% a graduarem-se dentro do prazo, em contraste com os 62% dos não bolseiros.
O estudo ressalva, contudo, que não é claro se estas diferenças se devem ao impacto direto da bolsa ou a outros fatores, como o perfil dos estudantes.
A maioria dos bolseiros provém de famílias com níveis de educação mais baixos, são mais jovens e existe uma maior proporção de mulheres (seis em cada dez). Observa-se também que os bolseiros tendem a escolher menos os cursos considerados de maior dificuldade académica (28% contra 40% dos não bolseiros).
O relatório levanta ainda questões sobre a eficiência do sistema, que atribui anualmente mais de mil milhões de euros a quase 300.000 estudantes.
A manutenção da bolsa nos anos seguintes depende do cumprimento de requisitos académicos mínimos. Estudantes que entram na universidade com notas mais baixas apresentam uma taxa de desistência muito superior (19,4%) e uma maior probabilidade de perder a bolsa, o que sugere a necessidade de reavaliar a estrutura do sistema de apoio.
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