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Restrições ao Uso de Smartphones e Desafios nas Escolas Portuguesas

Um estudo recente revela que as escolas privadas em Portugal já impunham mais restrições ao uso de ‘smartphones’ do que as escolas públicas, mesmo antes da proibição oficial, destacando também as disparidades digitais e os desafios enfrentados pelos professores.
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A proibição e restrição do uso de ‘smartphones’ era uma prática mais comum nos colégios do que nas escolas públicas antes mesmo da sua implementação oficial. De acordo com o estudo “A Voz dos Professores: Motivações, Desafios e Barreiras ao Desenvolvimento da Carreira”, realizado entre março e junho, 89% das escolas privadas do 1.º ciclo já não permitiam o seu uso, em comparação com 59% das escolas públicas. No ensino secundário, 43% das escolas privadas tinham regras restritivas, face a 35% das públicas.

A investigação, que envolveu 3.767 professores e diretores de 731 escolas, foi divulgada no início de um ano letivo marcado pela proibição de telemóveis inteligentes nos 1.º e 2.º ciclos. Apesar das preocupações com o uso excessivo de tecnologia, o estudo mostra que esta também oferece oportunidades educativas.

A maioria dos professores já recorre a técnicas de jogos para tornar as aulas mais atrativas e utiliza Inteligência Artificial (IA) para preparar os materiais pedagógicos.

No entanto, estas práticas são mais habituais nas escolas privadas e entre os docentes mais jovens.

Os professores queixam-se da falta de apoio técnico, de equipamentos adequados para si e para os alunos, e da fraca qualidade da rede de internet. A falta de formação digital para alunos e famílias é também apontada como uma barreira.

O estudo alerta que as assimetrias no nível de proficiência digital entre professores — sendo mais elevado nos mais jovens e nos do setor privado — podem “acentuar desigualdades entre alunos”.

Além dos desafios tecnológicos, as escolas enfrentam outras dificuldades, como um número crescente de alunos estrangeiros e com Necessidades Educativas Especiais (NEE), sendo que nove em cada dez professores têm pelo menos um aluno com NEE.

Os docentes pedem mais recursos humanos especializados.

Foram ainda relatados problemas de absentismo, situações de violência (por um em cada três professores) e casos de má nutrição de alunos (por um em cada dez).

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